O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou o pregão da última sexta-feira (3) em leve alta de 0,17%, aos 144.200,65 pontos.
O índice buscou um movimento de recuperação após três sessões em queda e liquidez reduzida em meio ao apagão estatístico atribuído ao shutdown dos Estados Unidos.
Após duas propostas orçamentárias rejeitadas pelo Senado, a paralização se estende por essa semana sem um sinal de negociação entre o governo Trump e os democratas.
Em destaque no Ibovespa, as ações da Petrobras fecharam em queda de 0,75% (ON) e 0,26% (PN) e as da Vale recuaram 0,19%. Destoando do setor financeiro, que encerrou a sessão em baixa, o Itaú se destacou com alta de 0,74%.
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O mercado internacional amanheceu agitado nesta segunda-feira (6) com a notícia da vitória de Sanae Takaichi nas eleições para a liderança do partido governista no Japão. O nome da parlamentar é praticamente certo para assumir como a primeira liderança feminina nesse cargo em toda a história do país.
O resultado das eleições fez o índice Nikkei disparar 4,96%, enquanto o iene perdeu valor em relação ao dólar e ao euro; os títulos de longo prazo fecharam em queda e as ações renovaram suas máximas históricas.
A iminente vitória de Takaichi reduziu as expectativas de que o Banco do Japão (BoJ) eleve os juros neste mês, mas e aumentou as preocupações sobre um possível aumento na emissão de dívida para financiar estímulos.
Na Europa repercute a renúncia do primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, menos de um mês após assumir o cargo. A saída de Lecornu agrava ainda mais a crise política no país e aumenta as chances de dissolução do parlamento, com consequente convocação de novas eleições.
Após a renúncia de Lecornu, líderes da oposição pediram a saída do presidente Emanuel Macron.
No Brasil, o destaque da semana é o IPCA de setembro, que deve acelerar com a retirada do bônus de Itaipu nas contas de energia elétrica.
Na agenda política, após a aprovação pela Câmara dos Deputados, a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inicia nesta segunda-feira as discussões do projeto que isenta até R$ 5 mil do IR e institui uma taxação mínima de até 10% para as pessoas de alta renda.
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Manchetes desta manhã
- Empresa pequena e média do agro apela a formas de crédito menos vantajosa (Valor)
- Dois meses de tarifaço geraram efeito menor do que o esperado (O Globo)
- Sob Trump, economia dos EUA desacelera sem elevação do desemprego (Folha)
- Avanço desordenado da energia solar causa crise financeira e risco de apagão (Estadão)
- Primeiro-ministro da França renuncia ao cargo (Valor)
Mercado global de olho na França e eleições do Japão
As Bolsas da Europa buscam a estabilidade nesta manhã em meio à piora da crise política na França após a renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu.
A França ainda aguarda declaração oficial do presidente Emanuel Macron, que, sob pressão, deve dissolver mais uma vez o parlamento.
Na Ásia, a sessão desta segunda-feira foi de liquidez reduzida com os mercados da Coreia do Sul e Taiwan fechados devido a feriados locais, assim como na China, em razão da Golden Week, que vai até a próxima quarta-feira (8). Hong Kong fechou em queda de 0,67%.
Com o Japão no radar das notícias globais, o índice Nikkei disparou 4,96% após a confirmação da vitória da parlamentar Sanae Takaichi na votação para a liderança do partido governista.
A ascensão de Takaichi está sendo interpretada como um claro sinal positivo para os ativos de risco, com investidores avaliando o potencial de valorização do estímulo em relação ao risco no mercado de títulos.
Em Nova York, os índices futuros sobem com expectativa por discursos de membros do Fed, apesar do apagão de dados provocado pela paralisação do governo americano.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,4%
• FTSE 100 -0,1%
• CAC 40 -1,5%
• Nikkei 225 +4,8%
• Hang Seng -0,7%
• Shanghai SE Comp. +0,5%
• MSCI World -0,1%
• MSCI EM -0,3%
• Bitcoin +1,1% a US$ 124091,81
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Commodities
- Petróleo: segue alta após a Opep+ aumentar a produção em 137 mil barris diários a partir de novembro deste ano. A decisão, tomada no domingo, mostra que o cartel aumentou suas metas de produção em mais de 2,7 milhões de barris diários este ano, o que equivale a 2,5% da demanda global.
O Brent/dezembro valoriza 1,61%, cotado a US$ 65,57 e o WTI para novembro sobe 1,64%, a US$ 61,88 - Minério de ferro: os mercados estão fechados no porto de Dalian em razão da Golden Week na China.
Em Singapura, os contratos futuros têm leve alta de 0,13% cotados a US$ 104,05/ton e o mercado à vista avança 0,11%, cotado a US$ 104,15/ton.
No cenário internacional, shutdown avança nos EUA
Nos EUA, a expectativa é que a Casa Branca e os senadores democratas cheguem a um acordo que ponha fim ao shutdown nos Estados Unidos, que tem paralisado as atividades do governo e interrompido a divulgação de indicadores econômicos.
Com agenda esvaziada devido ao apagão estatístico promovido pelo shutdown, os investidores acompanham discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, às 14h.
Ao longo da semana, a agenda tem como destaque ata da última reunião do FOMC na quarta-feira (8) e o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em evento nesta quinta-feira (9).
Em meio às eleições no Japão, o governo vai ampliar as tarifas antidumping para incluir exportações indiretas via terceiros países, à medida que a superprodução da China continua prejudicando indústrias domésticas.
Mercado nacional de olho no Congresso
No Brasil, a agenda da semana inicia com a divulgação do tradicional Boletim Focus, além dos dados da balança comercial de setembro, às 15h.
Outro ponto de atenção da semana será a Medida Provisória 1303, que pode ser votada na Comissão Mista e no Plenário da Câmara e do Senado. O texto tem o objetivo de recompor receitas após abrir mão de arrecadação em outras frentes, como no recuo do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na agenda política, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa do ciclo de debates “O Brasil na visão das lideranças públicas”, no Instituto FHC, em São Paulo, às 10h30.
Destaques no mercado corporativo
- Sabesp: anunciou a compra do controle da Emae por R$ 1,1 bilhão.
- Petrobras: prevê que o campo de Búzios atinja pico de 1,8m b/d em 2033.
- Braskem: informou que fez um saque de US$ 1 bilhão em uma linha de crédito “stand-by” que tinha disponível.
- GPA: vai votar em assembleia sobre a destituição integral do conselho de administração, após Família Coelho Diniz assumir o controle do varejista.
- Vibra Energia: instituiu uma nova vice-presidência executiva dedicada ao segmento de lubrificantes, com o objetivo de impulsionar o crescimento dessa área.
- Serena Energia: obteve autorização para realizar sua oferta pública de aquisição (OPA), que tem como finalidade a conversão de registro e a saída da companhia do Novo Mercado da B3.