O alívio das tensões comerciais entre Estados Unidos e China trouxe otimismo aos mercados na última-sexta-feira (17), impulsionando os índices globais. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, retornou ao patamar dos 143 mil pontos, encerrando o pregão em alta de 0,84%, aos 143.398,63 pontos.
Neste sábado, a AFP divulgou que China e Estados Unidos concordaram em abrir uma nova rodada de negociações já nesta semana.
Em entrevista exibida pela Fox Business, o presidente Donald Trump disse que não quer “destruir” a China, que o presidente Xi Jinping é “inteligente” e parece querer negociar as tarifas. “É a coisa certa a fazer.”
Trump admitiu ser inviável uma tarifa extra de 100% contra o gigante asiático e, mais uma vez, disse acreditar “que tudo ficará bem”. Um encontro entre Trump e o líder chinês deve ocorrer no fim deste mês, na Coreia do Sul.
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Em destaque na sessão, a Petrobras fechou em alta de 0,48% (ON) e 0,95% (PN), enquanto a Vale caiu 0,28%, pressionada pelos preços do minério de ferro no exterior.
No setor financeiro, o dia foi de ganhos, com destaque para Bradesco, que fechou em alta de 1,01% (ON) e Bradesco, de 0,68% (PN).
Entre as maiores altas do dia ficaram Raízen (+9,41%) e Prio (+5,61%), enquanto a Natura (-1,21%) liderou as perdas.
O dólar seguiu o movimento global de maior apetite ao risco, fechando em queda de 0,69%, negociado a R$ 5,40.
No mercado internacional, a semana inicia com dados importantes da economia chinesa: o Produto Interno Bruto (PIB) da China desacelerou de 5,2% para 4,8% no terceiro trimestre (base anual) e o PBoC decidiu manter os juros estáveis apesar do ritmo mais fraco da economia, em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos.
Na agenda da semana, destaque para a divulgação do CPI americano, único dado previsto em meio ao apagão estatístico ocasionado pelo shutdown, que completa 20 dias.
Na cena geopolítica, a trégua em Gaza enfrenta um teste crítico de resistência após Israel atacar dezenas de alvos do Hamas. O governo israelense afirmou que o grupo violou o cessar-fogo ao disparar contra tropas em Rafah. Netanyahu declarou que a guerra só terminará quando o Hamas for desarmado.
No Brasil, o governo está confiante sobre uma reaproximação com os EUA após uma conversa positiva entre o Secretário de Estado, Marco Rubio, e Mauro Vieira.
O presidente Lula chega à Indonésia nesta quinta-feira (23) e segue para a Malásia, onde deve se encontrar com Donald Trump na Cúpula da Associação de Naçõesdo Sudeste Asiático (Asean).
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Manchetes desta manhã
- Percepção de risco das empresas aumenta e põe mercado em alerta (Valor)
- Ataques de Israel deixam cessar-fogo em risco (O Globo)
- Lula quer manter investimentos da Petrobras mesmo com óleo em queda (Folha)
- Segurança é alvo de medidas de Lula, tema central em 2026 (Estadão)
- CVM volta a usar acordo de supervisão na investigação do caso Americanas (Valor)
- Empresas globais sofrem US$ 35 bi em impacto de tarifas de Trump, mas perspectivas melhoram (Valor)
Mercado global avança após trégua na tensão entre EUA e China
As Bolsas da Europa avançaram com o alívio nas tensões comerciais, trazendo recuperação ao mercado após a instabilidade recente provocada por temores sobre bancos médios nos EUA.
A exceção é Paris, que registrava queda de 0,22% no início da sessão, após a S&P Global Ratings rebaixar sua nota de crédito soberano.
Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com destaque para o Nikkei, que avançou 3,47% após um dos conselheiros do Banco Central do Japão (BoJ), Hajime Nakata, dizer que vê oportunidade para alta nos juros já que as preocupações com as tarifas diminuíram.
Na China, o otimismo veio da expectativa de encontro entre Scott Bessent e o vice-premiê He Lifeng, na Malásia. Xangai terminou em alta de 0,63% e Shenzhen, de 0,98%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta forte de 2,42%.
Em Nova York, os índices futuros sobem com sinais de alívio nas tensões comerciais entre EUA e China.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,3%
• FTSE 100 +0,4%
• CAC 40 estável
• Nikkei 225 +3,4%
• Hang Seng +2,4%
• Shanghai SE Comp. +0,6%
• MSCI World +0,3%
• MSCI EM +1,4%
• Bitcoin +2% a US$ 111064,56
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Commodities
- Petróleo: contratos futuros começam a semana em queda com investidores avaliando o risco de excesso de oferta com o cenário macroeconômico desafiador em razão das oscilações das tensões comerciais entre EUA e China.
O Brent/dez recua 0,24%, negociado a US$ 61,14 e o WTI/nov cai 0,35%, a US$ 57,34/barril. - Minério de ferro: fechou em queda de 0,58% em Dalian, na China, cotado a US$ 107,69/ton.
Em Singapura, os contratos futuros caem 0,31%, cotados a US$ 103,60/ton e o mercado à vista tem leve queda de 0,02%, cotado a US$ 104,85/ton.
Cenário internacional otimista com negociações entre EUA e China
Os EUA avançam nas relações comerciais com a China após o país anunciar no sábado que concordava em realizar nova rodada de negociações comerciais com os EUA “o mais rápido possível”.
Já em relação a outros parceiros o clima não é o mesmo: Trump anunciou neste domingo que aumentará as tarifas sobre a Colômbia e, na sexta-feira, assinou decretos que estabelecem tarifas de 25% sobre caminhões importados de médio e grande porte. A medida deve entrar em vigor em 1º de novembro.
No setor corporativo, destaque para a sequência dos balanços, com Netflix e Coca-Cola na terça-feira (21), Tesla e IBM na quarta-feira (22) e Intel e Unilever na quinta-feira (23).
Cenário nacional de olho nos gastos do governo
No Brasil, a agenda da semana inicia com a divulgação do tradicional Boletim Focus e destaca o IPCA-15 de outubro, na sexta-feira (24).
No cenário político, a proposta de reforma administrativa apresentada no início do mês soma mais da metade das 171 assinaturas necessárias e deve ser protocolada na Câmara em duas semanas, segundo o deputado Pedro Paulo, coordenador do grupo de trabalho.
Por outro lado, a área técnica do TCU rejeitou os argumentos do governo e reiterou a recomendação de buscar o centro da meta fiscal.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula comparece às 15h30 ao lançamento do programa Reforma Casa Brasil, com R$ 40 bilhões em empréstimos para reformas.
No fim de semana, Lula defendeu aumento de despesas com educação. O governo prepara quatro medidas para segurança pública de olho nas eleições.
No calendário dos balanços, WEG e Romi divulgam seus números na quarta-feira (22) e Usiminas na sexta-feira (24). Já a Vale informa relatório de produção e vendas do terceiro trimestre nesta terça-feira (21) e a Petrobras na sexta-feira (24).
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Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: aguarda liberação do Ibama para iniciar exploração da Margem Equatorial, o que pode abrir nova fronteira de produção de petróleo.
- Ambipar: fim da proteção judicial reacende risco de pedido formal de recuperação, com mercado atento à reestruturação de dívidas.
- Braskem: manteve proteção tarifária de 20% para resinas importadas até 2026, garantindo competitividade no mercado interno.
- Suzano: captou US$ 196 milhões em panda bonds na China, ampliando presença internacional e diversificando fontes de financiamento.
- Rede D’Or: abriu tratativas com Aliança e Dasa após impasse de preço com Fleury, buscando novas sinergias no setor hospitalar.
- Iguatemi: fundo Radar reduziu participação para 9,91%, ajustando exposição ao setor de shoppings em meio à desaceleração do varejo.
- Eztec: lançou dois empreendimentos no 3º trimestre com VGV de R$ 475 milhões, volume menor em relação ao mesmo período do ano passado.









