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Especial: O que explica o avanço do Brasil no trilionário mercado de carne halal

Gabriela Santos Por Gabriela Santos
07/nov/2025
Em Destaques, Mercados, Notícias
Imagem: Reprodução NikkeiAsia/Suzu Takahashi

Imagem: Reprodução NikkeiAsia/Suzu Takahashi

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O Brasil avança como o maior exportador mundial de carne halal e já responde por quase 1/4 das exportações globais de proteína animal halal, que segue normas religiosas e culturais islâmicas para abate, processamento e transporte até o destino.

O setor movimenta mais de US$ 2,6 trilhões por ano e cresce acima do comércio global, considerado um dos mercados mais lucrativos e influentes do mundo.

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Com o mercado halal como um dos principais destinos de exportação da carne bovina brasileira, entre 2020 e 2024, o segmento respondeu por mais de 15% das exportações brasileiras do setor.

No entanto, o salto mais expressivo ocorreu entre 2023 e 2024, quando o volume exportado cresceu mais de 65%, alcançando quase 20% das exportações totais, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Segundo o Exportômetro, que reúne dados do Ministério da Economia, Secex e Abiec em tempo real, até esta quarta-feira (5), o Brasil havia exportado 2 milhões de toneladas de carne bovina, movimentando US$ 13,1 bilhões.

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Crescimento do mercado halal brasileiro em 2025

Entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil exportou 346,3 mil toneladas de carne halal, superando o total registrado em todo o ano de 2023, de 335,1 mil toneladas.

Segundo a Abiec, o segmento tem embarcado cerca de 40 mil toneladas por mês, o que gera receita média de mais de US$ 160 milhões mensais. O preço médio por tonelada exportada também aumentou mais de 10% no período, passando de US$ 4.100 em janeiro para US$ 4.600 em setembro.

Apesar do avanço em volume, os resultados em valor mostram retração em algumas frentes: de janeiro a setembro, as exportações de frango halal para países da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) somaram US$ 2,850 bilhões, que corresponde a uma queda de 4,2% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados US$ 2,975 bilhões.

Já as exportações de carne bovina halal totalizaram US$ 1,448 bilhão, recuo de 17,9% frente a 2024 (US$ 1,764 bilhão).

Brasil desponta em parceria bilionária com fundo soberano da Arábia Saudita

Em 31 de outubro, as ações da MBRF (MBRF3) dispararam 23% em um único dia após o anúncio de uma parceria de US$ 500 milhões com a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária integral do fundo soberano da Arábia Saudita (PIF).

A transação, de US$ 2,07 bilhões, dá origem à maior empresa de frango halal do mundo, a Sadia Halal, integrando fábricas e centros de distribuição da MBRF na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos, além de operações de distribuição no Catar, Kuwait e Omã.

O acordo inclui também exportações diretas de aves, bovinos e processados para clientes da região MENA (Oriente Médio e Norte da África).

Segundo Marcos Molina, chairman e controlador da MBRF, a expansão da parceria com a HPDC reforça a presença regional da MBRF em um dos mercados mais lucrativos e influentes do mundo, “aproximando cada vez mais as marcas dos consumidores locais e assegurando a presença permanente na agenda de segurança alimentar do país.”

Segundo Molina, o movimento está alinhado à estratégia de fortalecimento das operações da MBRF no mercado halal, onde atua há mais de 50 anos. A marca Sadia, líder em diversos países do Golfo, detém 36,2% de market share e realiza 111 mil entregas mensais para 17 mil pontos de venda na região.

Para Marquinhos Molina, filho de Marcos, chairman da Sadia Halal e CEO da empresa na Arábia Saudita: “o movimento está totalmente alinhado aos objetivos da Visão 2030 da Arábia Saudita, acelerando a transformação da região em um centro global de produtos halal.”

O executivo saudita Fahad AlNuhait, CEO da HPDC, reforça que o projeto é estratégico para os planos de diversificação econômica do país e destaca a parceria como um marco para a integração da produção halal global.

Em recente episódio do Ligando os Pontos, Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, explica essa movimentação estratégica da MBRF, dona da Sadia — como se tornou símbolo da globalização do agronegócio brasileiro e o que a entrada do investimento saudita representa para o futuro das empresas do país. Confira o episódio completo:

Potencial do Brasil para investimento externo

Em entrevista exclusiva ao Monitor do Mercado, o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Mohamad Orra Mourad, comenta que a investida estratégica da MBRF reforça o potencial do Brasil como investidor e parceiro comercial no mundo islâmico:

“O Brasil tem potencial de investimento no exterior. Nós temos empresas bem estabelecidas que já estão em internacionalização não só em vendas e exportações, mas também com operações no exterior. Isso tudo é ratificado por essa nova operação da MBRF em relação com a empresa saudita.”

Mourad ressalta que o movimento envia um sinal estratégico ao mercado internacional: “A MBRF passa uma mensagem de que acredita nesse mercado e investe nele. Isso mostra que os países muçulmanos não dependem apenas da segurança alimentar, mas de uma segurança alimentar que respeite as suas regras culturais e religiosas.”

Segundo o secretário, o modelo adotado pela MBRF também serve de referência para empresas de menor porte: “A partir do momento que você ganha escala e busca a globalização exportando, depois vira distribuidor, com centro de logística e, por fim, tem operação própria, como fez a MBRF.”

Mourad observa ainda que as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e a consequente busca do Brasil por diversificação de mercados aceleraram a expansão no segmento halal. Ele enfatiza: “o Brasil tem qualidade e tem preço. O mercado de frango para países muçulmanos tem características próprias e isso contribui para o reconhecimento da qualidade no exterior.”

Ele também destacou a fidelidade do consumidor halal: “Esse mercado é extremamente fiel. Ele só precisa que seja feito dentro das suas regras. Superadas essa barreira e a questão da distância geográfica para exportação, você tem um parceiro comercial por muitos anos.”

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Brasil se consolida como referência mundial em certificação halal

O diretor de exportação da Seara Alimentos, Marcelo Siegmann, afirma que o selo halal brasileiro é mais respeitado internacionalmente do que certificações emitidas na Europa e em outros países não muçulmanos.

“Não existe hoje, no mundo, um país não muçulmano que tenha o reconhecimento no mercado internacional do seu selo halal como o Brasil tem. Em um país europeu, o halal brasileiro é mais respeitado do que o produto local que se posiciona como halal.”

A declaração ocorreu durante o Global Halal Brazil Business Forum 2025, evento voltado a negócios em mercados consumidores muçulmanos, na última terça-feira (27), em São Paulo.

Siegmann destacou que, fora do mundo islâmico, nenhum país alcançou a mesma credibilidade do Brasil, mesmo em nações com grandes populações muçulmanas, como Estados Unidos, Rússia, Ucrânia e Tailândia.

“O Brasil se tornou o maior exportador de proteína animal halal do mundo graças a um trabalho muito forte no halal, iniciado há décadas e consolidado globalmente.”

O executivo avalia que o país também pode expandir a certificação halal para cosméticos, medicamentos e outros setores industriais, desde que haja cooperação internacional e rigor técnico: “É necessário o envolvimento de autoridades estrangeiras para ver como produzimos e a seriedade das empresas envolvidas. É um trabalho setorial que exige dedicação.”

Economia islâmica global movimenta trilhões

O relatório The State of Islamic Economy Report 2024/2025 estima que a Economia Global Islâmica (EIG) movimenta cerca de US$ 7,357 trilhões, considerando os gastos anuais de 1,9 bilhão de muçulmanos em alimentação, finanças, moda, cosméticos, fármacos, turismo, mídia e entretenimento.

Os gastos de consumo em seis setores centrais atingiram US$ 2,43 trilhões em 2023 e devem chegar a US$ 3,36 trilhões até 2028, com taxa média de crescimento anual (CAGR) de 5,3%.

Confira o crescimento dos seis principais setores do consumo halal:


Os alimentos halal são o maior segmento, com consumo de US$ 1,43 trilhão em 2023, projetado para alcançar US$ 1,939 trilhão até 2028.

Já o setor com maior taxa de crescimento é o de Viagens Amigáveis a Muçulmanos, que deve avançar 12,1% ao ano, de US$ 217 bilhões em 2023 para US$ 384 bilhões em 2028.

No campo financeiro, os ativos islâmicos somaram US$ 4,93 trilhões em 2023, com projeção de US$ 8,97 trilhões até 2028.

O investimento total em setores relacionados ao halal, incluindo finanças islâmicas, atingiu US$ 5,8 bilhões, e as importações da OCI em áreas relacionadas somaram US$ 407,8 bilhões.

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Principais motores de crescimento do setor halal

A expansão da economia islâmica é impulsionada por cinco principais fatores que sustentam o avanço do mercado halal como um eixo estratégico da economia ética global e ampliam as oportunidades de investimento:

  1. Uso de blockchain e tecnologias de rastreabilidade para garantir conformidade e transparência;
  2. Inovação de produtos e serviços baseada em inteligência artificial (IA);
  3. Crescimento do capital de risco e private equity voltados ao halal;
  4. Fortalecimento das cadeias de suprimentos locais, com foco em resiliência;
  5. Harmonização regulatória e de certificações halal entre países.
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Demanda do mercado muçulmano cresce fora do Golfo

No mesmo evento, Alisson Navarro, vice-presidente global de bovinos da MBRF, destacou que cerca de 20% da receita total da companhia vem da exportação de produtos halal para os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que reúne Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Omã.

Outros 10% a 15% das receitas são geradas com vendas de produtos halal fora da região, em países onde muçulmanos são minoria.

“A demanda por proteína halal vem crescendo em países não islâmicos nos últimos anos. A China, que tem aproximadamente 20 milhões de muçulmanos, é um exemplo que vem demandando mais produtos certificados halal a cada ano”, complementa.

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