O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, voltou a avançar nesta sexta-feira (14), após duas sessões de correção. Em alta de 0,37%, aos 157.738 pontos, o índice ficou próximo de renovar seu recorde de fechamento.
O movimento foi impulsionado pela entrada de capital estrangeiro na B3, favorecida pelo dólar mais fraco, e pela valorização do petróleo, que avançou mais de 2%, favorecendo as ações da Petrobras, que subiram 0,78% e 0,65%.
Em destaque no Ibovespa, enquanto a Petrobras ajudou a sustentar o índice, a Vale registrou queda de 0,61%.
No setor financeiro, o Banco do Brasil (-0,27%) voltou aos destaques negativos após a divulgação do balanço trimestral. Entre os melhores desempenhos do dia, as ações da MBRF saltaram 11,98%, enquanto Yduqs (-6,94%) liderou as perdas.
No fim do dia, o dólar seguiu estável próximo da estabilidade (-0,02%), cotado a R$ 5,29, com baixo volume de negociação.
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O mercado internacional inicia a semana com expectativa pelos resultados da Nvidia, com projeção de um avanço de 53,8% no lucro por ação no 3º trimestre, mas o clima de cautela aumentou após documentos divulgados no fim de semana revelarem que o bilionário Peter Thiel vendeu sua participação de quase US$ 100 milhões na companhia.
Destaque também para a divulgação do relatório de emprego (payroll) de setembro. Com o fim do shutdown mais duradouro da história dos Estados Unidos, outros indicadores atrasados, como o PCE de outubro e a segunda leitura do PIB (3º trimestre), estão previstos para o dia 26, antes da reunião do Federal Reserve (Fed) em dezembro, agora com aposta majoritária em manutenção do juro.
O mercado acompanha ainda para a escalada das tensões entre China e Japão após declarações da primeira-ministra Sanae Takaichi sobre Taiwan. O impasse coloca em risco os avanços recentes nas relações bilaterais.
No Brasil, a agenda econômica tem como destaques o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, além do IBC-Br de setembro e, nesta segunda-feira (17), a palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
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Manchetes desta manhã
- Com real valorizado, exportador volta a fazer caixa no exterior (Valor)
- Câmara amplia em R$ 22 bilhões despesas com servidor até 2028 (O Globo)
- Gestão Tarcísio é a que menos aderiu a ações de Lula na segurança (Folha)
- Orçamento bilionário consolida partidos com status de empresa (Estadão)
- No Chile, esquerda e direita vão para o 2º turno (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam em queda diante de sinais renovados de fraqueza econômica global. O movimento ocorre após a economia do Japão registrar, no 3º trimestre, sua contração mais rápida desde o segundo trimestre de 2024.
Na Europa, o Reino Unido também apresentou retração em setembro, enquanto a zona do euro avançou apenas 0,2% no período.
Na Ásia, os índices fecharam majoritariamente em queda em meio ao aumento das tensões entre China e Japão.
Pequim elevou o tom após declarações da primeira-ministra Sanae Takaichi sobre Taiwan, e a mídia estatal chinesa chegou a ameaçar “grandes contramedidas”. Nesta segunda-feira, um alto diplomata japonês deve viajar à China para tentar esfriar a crise entre os vizinhos asiáticos.
Nesse cenário, Xangai encerrou a sessão em queda de 0,46%, enquanto Shenzhen, caiu 0,11% e Hong Kong, registrou perda de 0,71%.
Em Tóquio, o índice Nikkei 225 recuou 0,10%; o Kospi, da Coreia do Sul, fechou em alta de 1,94% e o Taiex, em Taiwan, avançou 0,18%.
Em Nova York, os índices futuros abriram a semana com desempenho misto, em meio às expectativas pelos resultados da Nvidia e pela divulgação do payroll.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro +0,24%
- FTSE 100 -0,10%
- CAC 40 -0,28%
- Nikkei 225: -0,10%
- Hang Seng: -0,71%
- Shanghai SE Comp. -0,46%
- MSCI World -0,12%
- MSCI EM -0,04%
- Bitcoin -0,74% a US$ 95716,2
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Commodities
- Petróleo: se estabiliza após retomada de operações na Rússia – o porto russo de Novorossiysk retomou os embarques, reduzindo o risco imediato de oferta. Ainda assim, o mercado segue atento a possíveis interrupções, após ataques ucranianos a refinarias russas e à apreensão de um petroleiro pelo Irã no Golfo de Omã — região que concentra cerca de 20 milhões de barris por dia e é vital para o fluxo global.
O Brent/jan tem leve alta de 0,03%, cotado a US$ 64,41 e o WTI/dez avança 0,05%, a US$ 60,12. - Minério de ferro: fechou em alta de 1,81% em Dalian, na China, cotado a US$ 110,95/ton.
Em Singapura, os contratos futuros valorizam 1,81%, cotados a US$ 104,45/ton e o mercado à vista avança 1,01%, cotado a US$ 104,60/ton.
Cenário internacional de olho no payroll após o fim do shutdown nos EUA
Nos EUA, as atenções se voltam hoje para uma série de discursos de membros votantes do Fed: Às 11h, o mercado acompanha as declarações de J. Williams e, às 11h30, de P. Jefferson. No período da tarde, o foco será a fala de C. Waller.
No cenário comercial, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou neste domingo que o acordo sobre terras raras entre Estados Unidos e China deve ser finalizado até o Dia de Ação de Graças, em 27 de novembro.
Ao longo da semana, investidores aguardam a atualização dos indicadores oficiais que ficaram represados durante o shutdown nos Estados Unidos. Na quarta-feira, o foco recai sobre a divulgação da ata da última reunião do FOMC.
Na quinta-feira (20), o mercado acompanha os números de emprego de setembro (payroll). Já os dados do PIB do 3º trimestre, além das informações de consumo, renda e inflação, serão divulgados apenas em 26 de novembro.
No Japão o PIB caiu 0,4% no terceiro trimestre, abaixo do consenso de queda de 0,6%, marcando sua contração mais rápida desde o segundo trimestre de 2024. No trimestre anterior, a economia japonesa cresceu 0,6%.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia inicia com a divulgação do tradicional Boletim Focus e inclui a divulgação do IBC-Br de setembro, enquanto as negociações da COP 30 seguem no radar.
No âmbito das tarifas comerciais, o governo americano anunciou na noite de sexta-feira uma lista de produtos agrícolas que serão isentos da tarifa recíproca de 10% imposta por Donald Trump em abril. Entre os itens liberados estão café, carne bovina e uma série de frutas e castanhas.
De acordo com a Casa Branca, esses produtos não são produzidos em volume suficiente no mercado doméstico. As isenções têm efeito retroativo a 13 de novembro e não alteram a tarifa adicional de 40% aplicada por Trump a diversos produtos brasileiros.
Na agenda política, às 9h, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa do Fórum Internacional de Equidade Racial Empresarial, promovido pela Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, em São Paulo.
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Destaques no mercado corporativo
- Lojas Marisa: lucrou R$ 5,8 milhões no 3º trimestre, revertendo o prejuízo e mostrando recuperação operacional com Ebitda de R$ 101,9 milhões (+190,6%).
- Multiplan: assinou memorando para vender 20% do ParkShopping São Caetano por R$ 237 milhões, reforçando estratégia de reciclagem de portfólio.
- Hapvida: recomprou 20 milhões de ações e ampliou participação do bloco de controle para 41,43%, fortalecendo alinhamento com acionistas.
- Cosan: teve prejuízo de R$ 1,18 bilhão no 3º trimestre, revertendo lucro e confirmando pressão sobre margens com Ebitda de R$ 7,44 bilhões (-11%).
- AgroGalaxy: em recuperação judicial, reduziu prejuízo ajustado para R$ 611,8 milhões e melhorou Ebitda negativo para R$ 134,4 milhões, sinalizando estabilização operacional.









