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Kenneth Rogoff, ex-FMI, prevê crise financeira e risco de calote nos EUA

Redação Por Redação
26/set/2025
Em Destaques, Mercados, Notícias, Visões de Mercado
Imagem: Kenneth Rogoff | Hollie Adams/Bloomberg

Imagem: Kenneth Rogoff | Hollie Adams/Bloomberg

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Em meio a um tsunami decorrente dos efeitos do tarifaço, ameaça à autonomia do Banco Central e embates geopolíticos, os Estados Unidos (EUA) devem lidar com uma crise financeira nos próximos anos, segundo Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em entrevista ao Valor Econômico, Rogoff revelou que a falta de vontade política para reduzir gastos públicos deve gerar ajustes via inflação, repressão financeira e até mesmo um possível “calote seletivo” na dívida da maior economia do mundo.

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“Nos próximos quatro a cinco anos, os EUA terão uma crise fiscal. Os juros reais de longo prazo provavelmente vão subir, e não cair. Existem muitas razões para isso: dívida muito alta, populismo, fragmentação geopolítica, necessidade de construir centros de inteligência artificial (IA)”, disse Rogoff.

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O economista estará no Brasil na próxima segunda-feira (29) para participar do Macro Vision, evento sobre Macroeconomia do Itaú BBA.

Recentemente, ele também lançou o livro “Our Dollar, Your Problem” (Nosso Dólar, Seu Problema), que discute os riscos do dólar e da economia americana.

Cenário atual e incertezas sobre a economia global

Durante a entrevista Rogoff avalia que a economia global está entrando em um período muito volátil e ressalta que ao mesmo tempo em que há demasiado otimismo em relação a inovações de inteligência artificial, também existe uma “tremenda incerteza geopolítica e política.”

“A economia tem sido muito resiliente, mas não sei por quanto tempo ela pode continuar assim. Não me descreveria como muito otimista. Não é uma palavra que eu usaria.”

Ele destacou a volatilidade e a interligação dos mercados globais, sugerindo que crises podem surgir tanto em economias avançadas quanto nas emergentes.

Ajuste fiscal e risco de calote seletivo dos EUA

Rogoff criticou a falta de ação política do governo norte-americano: “Simplesmente não há vontade política para fazer um ajuste. Trump foi eleito reclamando dos déficits de Biden e, provavelmente, vai entregar um déficit ainda maior. Nenhum dos partidos quer fazê-lo. Por isso, vejo uma crise chegando.”

Quanto ao pagamento da dívida, “acredito que será uma mistura de inflação mais alta, repressão financeira, com tentativas maiores de obrigar os investidores a manterem a dívida do governo. Isso envolverá muitos controles de capital. Também não descarto alguma espécie de ‘default seletivo’, ou parcial, particularmente sobre credores estrangeiros. Talvez algum ajuste em impostos e gastos, mas não acho que isso vá acontecer até tudo mais dar errado.”

Sobre o funcionamento do “calote seletivo”, o economista explica que em uma situação hipotética em que o Banco Central do Brasil receberia títulos de 100 anos com um cupom zero, na mentalidade dos EUA, eles escolheriam uma taxa de juros para pagar pelos títulos e as pessoas deveriam ser gratas.

“Scott Bessent elogiou a ideia por muito tempo e Trump adora essa ideia. Meu ponto é que ninguém deve realmente pensar que os EUA não fariam o que quisessem quando se depararem com uma crise fiscal”, completou.

Rogoff comenta política comercial e tarifas de Trump

Questionado sobre a postura do presidente Donald Trump, Rogoff disse que o presidente dos Estados Unidos “parece ter uma crença profunda de que tarifas são boas, o déficit comercial é ruim e que os economistas estão errados sobre tudo. Não acho que ele esteja errado sobre tudo em economia, mas nesse assunto ele simplesmente é maluco.”

Rogoff destacou que tarifas elevadas não necessariamente beneficiam os EUA: “Usar tarifas como uma arma é uma coisa, mas pensar seriamente que as tarifas são boas para os EUA, aumentá-las para 15%, 50%, e que isso serve a algum propósito construtivo, não concordo. Talvez ele acredite que perdemos a base industrial porque estávamos permitindo que chineses e japoneses e todo mundo exportassem para nós.”

Sobre tarifas específicas ao Brasil, o economista é incisivo: “Não me pergunte. Se você trabalha para a administração Trump, e eu conversei com muitas pessoas que trabalham, você simplesmente não tem permissão para discordar de nada. Ou está 100% apoiando cada ideia, ou está fora. Acho que eu não seria capaz de servir ao governo Trump.”

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O privilégio do dólar “para os EUA”

Em meio às recentes oscilações do dólar, Rogoff detalhou as vantagens de emitir a moeda de reserva global.

Segundo ele, “é uma vantagem incrível para os EUA de maneiras óbvias e não óbvias. Isso nos permite emitir a juros mais baixos para qualquer nível de dívida. O dólar nos ajuda a controlar o sistema de pagamentos internacional e isso coloca os nossos bancos em uma posição privilegiada. Nos dá informações para espionar a todos. Permite usar sanções financeiras. E existem potencialmente outras armas a vir.”

Ele acrescentou que caso Trump assuma o controle do Fed, se preocuparia com o uso das linhas de swap do Banco Central como arma, recursos que foram importantes para o Brasil e para outros países do mundo durante a pandemia.

Dias dos EUA como porto seguro estão contados

Por outro lado, Rogoff afirma que os dias em que os EUA são tratados como porto seguro estão contados, uma vez que a imposição de barreiras comerciais comprometeu seu papel como porto seguro.

“Se as tarifas ficarem grandes o suficiente, os EUA simplesmente perderão essa condição. Não dá para separar os mercados financeiros dos mercados de bens. Se os mercados de bens estão fechados, é muito difícil fazer os recursos entrarem e saírem do país”, explicou.

Sobre outras moedas alternativas ao dólar, ele avalia que não há uma alternativa imediata. Segundo o economista, o euro seria o que mais teria a ganhar no curto prazo.

Rogoff prevê que no longo prazo, os países passarão a manter menos reservas e buscarão outros ativos como ouro, cripto, ações e imóveis.

Diante desse contexto, segundo ele, o renminbi ganhará participação, pensando em uns 10 anos. Já no curto prazo, o euro e criptos seriam benecifiados.

Câmbio e valorização do dólar

O ex-FMI ressalta que o dólar ainda está muito alto. Segundo ele, o iene e o real brasileiro ainda parecem muito baixos.

“Entendo que, no caso do Brasil, há preocupação com a posição fiscal, mas os mercados ainda não incorporaram a regressão à média nas taxas de câmbio.”

Rogoff lembra que a última vez em que o dólar esteve tão alto foi em 2002 e, antes disso, em 1980. “Tivemos um ajuste modesto em 2025, dependendo do índice que você usa, de 7% ou 10%. O dólar está bem sobrevalorizado”, enfatiza

Sobre a contradição de Trump, ele diz: “Eles querem que o dólar caia e que o Brasil e o mundo todo perca dinheiro quando isso acontecer [risos], mas são duas coisas separadas. É um desejo razoável querer que o dólar caia. Não só razoável, como vai acontecer, com ou sem pressão. Por outro lado, o governo quer que todos usem o dólar como seu back office. Quer que as transações sejam liquidadas através de bancos dos EUA, através do Swift, porque querem saber tudo o que você faz.”

Rogoff diz que os outros países não devem querer a mesma coisa. E explica a tese de seu livro “Nosso Dólar, Seu Problema” (em tradução para o português): “Pode ser eficiente usar apenas o dólar, mas se você não confia nos EUA (e ninguém deveria), então eficiência não é tudo. É necessário privacidade, independência.”

E diz esperar que a China, o Brasil e outros países desenvolvam seu próprio back office e sistema de compensações. E completa dizendo que seria tolice ceder à chantagem tarifária de Trump.

Rogoff fala sobre juros e política monetária dos EUA

Rogoff avalia que Trump está pensando em juros mais baixos para ajudar no problema da dívida, mas que, na verdade, o presidente deseja poder absoluto. “Ele não gosta da ideia de haver alguém em Washington que seja respeitado e ouvido. Se Powell está fazendo um discurso, não é fácil para Trump competir naquele dia.”

Por outro lado, em relação aos cortes de juros, o economista diz que talvez Trump esteja certo quando diz que os juros podem ser um pouco mais baixos.

No entanto, pontua que é uma aposta muito arriscada e que não está certo que o Fed reduza os juros na próxima reunião, com os riscos inflacionários atualmente inclinados para cima.

Inflação e independência do Fed

No contexto atual, Rogoff vê um grande risco de aumento da inflação: “Penso que há pressão fundamental de alta sobre as taxas de juros. Não necessariamente quando tivermos uma recessão, que pode estar a caminho, mas, em algum momento, quem quer que seja o presidente, não vai aguentar e haverá incentivos para deixar a inflação correr.”

Sobre a ameaça à autonomia do Fed, ele acredita que se o Fed mantiver sua independência, talvez a inflação não aumente tanto e explica que nessas situações, o BC precisará ceder, como fez no governo Biden. “Os problemas fiscais são a raiz de tudo, mas a independência do Fed está intimamente ligada à questão”, explica.

Ele acrescentou que haveria uma ameaça à independência do Fed mesmo num cenário político em que Kamala Harris tivesse vencido as eleições ao invés de Trump.

“À medida que a instituição passou a ter que se debruçar sobre meio ambiente, justiça racial, desigualdade, isso afetou a política até certo ponto. Agora, sob Trump, ele parece querer fazer isso mais rápido. Vimos o exemplo com o Brasil. Trump não poupa esforços. Ele continua forçando até conseguir o que quer”, disse Rogoff.

Vulnerabilidade dos mercados globais

Rogoff alertou ainda para crises fora dos EUA. Segundo ele, é difícil acreditar que haverá crise financeira em algum lugar, inclusive no Japão, que é considerado um ‘porto seguro’.

A crise no país pode acontecer após o Japão promover um aperto monetáario por muito tempo e a dívida ter acumulado em todo lugar a taxas zero, apesar de agora o país estar experimentando a inflação, diante da necessidade de subir os juros.

Outro fator que pode contribuir para a crise e o enfraquecimento do iene. Segundo Rogoff , se o país aumentar os juros rapidamente, poderia acarretar falência atuarial por tudo.

Em relação às economias emergentes, ele diz que tem se surpreendido sobre como os grandes emergentes como o Brasil têm sido resilientes, embora seja notável que o Brasil, assim como a Turquia e outros países estão vulneráveis devido à volatilidade no mercado global.

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Rogoff criticou a postura dos investidores, pontuando que os mercados estão complacentes com a inflação e que isso parece um risco unilateral: “

“Cinco anos atrás, a inflação esperada para 10 anos estava apenas um pouco acima de 2%; hoje, a chance de a inflação ser zero é muito baixa. E as expectativas de inflação subiram apenas um pouco, mesmo após a pandemia. Olhando os problemas da dívida e volatilidade ao redor do mundo, é difícil ver como isso é possível.”, finaliza.

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