Nesta segunda-feira (6), pela primeira vez no ano, o mercado não revisou para cima as previsões para a inflação em 2023, reunidas pelo Banco Central, no Boletim Focus. Desde a posse de Lula, foram nove boletins. Antes do divulgado hoje, todos trouxeram uma visão mais negativa do que o anterior.
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central mantiveram em 5,90% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023.
Essa notícia circulou primeiro nos grupos do Monitor do Mercado Real Time no WhatsApp. Clique aqui para conhecer.
A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – aumentou de 9,04% para 9,05%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu de 4,54% para 4,11%.
Para 2024, as instituições financeiras mantiveram em 4,02% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A previsão de inflação nos preços administrados em 2024 diminuiu de 4,43% para 4,40%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 4,17%.
À espera do arcabouço fiscal para o novo governo, prometida pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, a previsão de déficit em 2023 caiu para 1% do Produto Interno Bruto (PIB), de 1,03% previstos na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.
*Imagem: José Cruz/Agência Brasil