O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,56% em outubro, acelerando frente ao avanço de 0,44% registrado em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 12 meses, o índice acumula alta de 4,76%, ligeiramente acima das expectativas do mercado, que eram de 4,73%. O resultado desta sexta, consolida a inflação brasileira acima do teto da meta inflacionária de 4,50%.
Energia elétrica e alimentos impulsionam IPCA
Dos nove grupos pesquisados, Habitação e Alimentação e bebidas foram os principais responsáveis pela elevação do IPCA no mês.
- Habitação (1,49%): Os custos com energia elétrica residencial subiram 4,74% devido à bandeira tarifária vermelha (patamar 2), que adiciona R$ 7,88 a cada 100 kWh consumidos desde 1º de outubro. Também houve ajustes regionais, como alta de 9,62% em Goiânia e de 5,49% em Brasília.
- Alimentação e bebidas (1,06%): O grupo apresentou alta de 1,22% nos alimentos consumidos em casa, com destaque para as carnes, que subiram 5,81%. Entre os cortes de carne com maior variação, estão: acém (9,09%) e contrafilé (6,07%). O tomate e o café moído também registraram aumentos de 9,82% e 4,01%, respectivamente. No entanto, alguns itens, como manga (-17,97%) e cebola (-16,04%), registraram quedas.
Transportes apresentam queda puxada por passagens aéreas
O grupo Transportes (-0,38%) apresentou recuo, principalmente devido à redução de 11,50% nas passagens aéreas. O setor também foi influenciado por quedas em trem (-4,80%), metrô (-4,63%) e ônibus urbano (-3,51%), resultado das gratuidades oferecidas durante o período eleitoral. Nos combustíveis, a gasolina teve queda de 0,13%, enquanto o gás veicular subiu 0,48%.
Goiânia lidera altas regionais
Regionalmente, Goiânia teve a maior alta (0,80%), influenciada pelos aumentos na energia elétrica e nos preços da carne. Em contrapartida, Aracaju teve a menor variação (0,11%) devido à queda da gasolina e do ônibus urbano.
Essas variações refletem um cenário de pressão inflacionária impulsionada principalmente por itens essenciais, como energia e alimentos, impactando o custo de vida dos brasileiros.









