As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) após fala hawkish do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto
Nesta segunda-feira (5), Campos Neto afirmou que a batalha contra a inflação ainda não foi vencida e que não é possível reduzir os juros neste momento, apesar da expectativa do mercado.
“A batalha contra a inflação não está ganha. O BC ainda tem trabalho a fazer. No Brasil, subimos os juros antes (que os demais países) e de forma mais forte. Houve melhora recente por medidas do governo, mas ainda existe um elemento de preocupação grande”, afirmou Campos Neto na 22 edição do Prêmio Valor 1000, promovida pelo jornal Valor Econômico.
Segundo Rafael Passos, economista da Ajax Capital,, as taxas de retorno anual dos Treasury Bonds voltam a subir, o que favorece o dólar, e traz pressão aos preços das commodities. “Por aqui, mercados devem acompanhar humor externo. O discurso hawkish de Roberto Campos Neto e a elevação dos juros no exterior devem elevar as taxas de juros domésticas”, afirmou.
Por volta das 09h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,740% de 13,710% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 11,860%, de 11,695% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,575% de 11,450%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,1890 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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