A importação de carne bovina de três frigoríficos brasileiros foram suspensas temporariamente na última segunda-feira (3) pela Administração-Geral de Aduanas da China. A decisão também afetou dois frigoríficos da Argentina, um do Uruguai e um da Mongólia.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a medida foi tomada após auditorias remotas que identificaram “não conformidades em relação aos requisitos chineses para o registro de estabelecimentos estrangeiros”.
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As empresas afetadas no Brasil são:
- Frisa Frigorífico Rio Doce S/A, em Nanuque (MG)
- Bon-Mart Frigorífico Ltda, em Presidente Prudente (SP)
- JBS S/A, em Mozarlândia (GO)
A Abiec informou que as empresas já foram notificadas e estão adotando medidas corretivas para atender às exigências da autoridade sanitária chinesa. A entidade também está em diálogo com as autoridades competentes para resolver a questão rapidamente.
Investigação sobre importações de carne bovina
A suspensão ocorre em um momento em que a China investiga o aumento das importações de carne bovina. Em 2024, o país importou um recorde de 2,87 milhões de toneladas métricas, o que levou a um excesso de oferta e à queda dos preços domésticos.
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O setor aguarda os resultados da investigação, previstos para o final deste ano, que podem levar a novas restrições comerciais para os principais exportadores, incluindo Brasil, Argentina, Austrália e Estados Unidos.
Reação do governo brasileiro
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) se manifestou sobre o caso nesta terça-feira (4), afirmando que as unidades afetadas já foram notificadas e estão adotando medidas para atender às exigências chinesas.
O ministro Carlos Fávaro minimizou o impacto da suspensão, destacando que o Brasil possui 126 plantas frigoríficas habilitadas para exportação à China. “Quando assumimos, tínhamos 12 plantas suspensas. Retomamos essas 12 e abrimos mais 43, das 55 desse total de 126. Então, não é coerente que três plantas suspensas impactem a relação comercial”, disse Fávaro.
O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, reforçou que o Brasil tem um bom histórico de defesa sanitária. “Seguiremos em diálogo com o setor privado exportador e com as autoridades chinesas para solucionar os questionamentos e retomar as exportações dessas unidades”, afirmou.
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