A última semana foi marcada por movimentos distintos entre as principais commodities, com variações influenciadas por fatores técnicos e geopolíticos. O café iniciou a última semana em forte alta, mas passou por uma correção. O mercado indica uma possível lateralização nos preços antes de um novo movimento ascendente.
Segundo a análise de Luciano Gioielli, do Portal das Commodities, durante o novo episódio do “Market Recap” — programa semanal que analisa o mercado de commodities —, o suporte está em torno de 470 pontos, enquanto a resistência varia entre 480 e 490.
Gioielli afirma que a volatilidade do ativo tem diminuído, o que pode sinalizar um período de consolidação antes de um novo rompimento de tendência. Veja a análise na íntegra:
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Grãos devem passar por cenários distintos
A soja atingiu um suporte importante e formou um padrão de reversão técnica. O rompimento da linha de tendência de baixa pode indicar uma retomada ascendente, com possibilidade de recuperação nos próximos pregões.
Por outro lado, o milho atingiu resistência e agora pode passar por uma correção antes de retomar a tendência de alta. Há expectativa de retração para os níveis de 83 ou até 80 pontos, antes de um novo impulso ascendente. O padrão gráfico “cup and handle” (que indica a tendência de alta) sugere uma formação favorável para alta no longo prazo.
Boi gordo pode ter preços estáveis
Os contratos futuros para o boi gordo permanecem em tendência de baixa, mas há sinais de estabilização. O contrato futuro pode lateralizar na faixa dos 312 pontos, antes de uma possível recuperação. A baixa volatilidade indica um cenário de definição para as próximas semanas.
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Influência de fatores externos nas commodities
As decisões da reunião do politburo chinês e os dados econômicos dos Estados Unidos podem impactar diretamente o desempenho das commodities nesta semana. Segundo Gioielli, o minério de ferro tem suporte histórico próximo de US$ 100 por tonelada e pode reagir caso a China adote medidas de estímulo.
Já o petróleo segue sem sinais claros de reversão e pode buscar o suporte de US$ 65.
Nos mercados financeiros, o S&P 500 perdeu suas linhas de tendência de longo prazo, o que pode gerar reflexos no Ibovespa. O cenário macroeconômico global também deve influenciar no desempenho do dólar futuro, que rompeu a tendência de baixa e agora busca o topo de dezembro, próximo dos R$ 6,25.
