O dólar ampliou o seu patamar de queda na última semana e encerrou março com uma desvalorização de 3,57% frente ao real, refletindo um cenário de incerteza global e dados econômicos que reforçam a possibilidade de cortes de juros nos Estados Unidos.
A fraqueza do mercado de trabalho americano, a chance de uma recessão e as novas tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump estão entre os principais fatores que influenciaram a cotação.
A análise foi feita pela trader Luana Pires em vídeo no YouTube do Monitor do Mercado. Ela destacou que a redução na abertura de vagas nos Estados Unidos aumenta a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) corte juros ainda este ano.
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Confira abaixo a análise completa de Luana:
Efeito das tarifas de Trump no dólar
O possível retorno das tarifas de Trump gera insegurança nos mercados. O ex-presidente americano anunciou que pode aplicar tarifas de até 20% sobre produtos estrangeiros. No Brasil, o governo avalia uma resposta, podendo recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) ou adotar medidas de retaliação.
Esse cenário contribui para a volatilidade no câmbio, já que a política comercial dos Estados Unidos pode impactar diretamente as exportações e a entrada de capital estrangeiro.
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Postura do Banco Central e impactos no Brasil
No Brasil, a carga tributária atingiu 32,3% do PIB em 2024, o maior nível em 15 anos, pressionando o crescimento econômico. Paralelamente, o Banco Central mantém uma postura rígida no combate à inflação, o que fortalece o real e contribui para a desvalorização do dólar.
Os investidores também acompanham de perto os próximos dados econômicos, como o payroll americano, o PMI de atividade, a balança comercial brasileira e o IGP-DI, que podem influenciar os rumos da política monetária e da taxa de câmbio.
