O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, anunciou que vai renunciar ao cargo em reunião com o Conselho de Ministros nesta tarde. Desde o meu discurso de posse no Parlamento, sempre disse que este executivo só avançaria se houvesse uma perspectiva clara de poder implementar o programa de governo na qual forças políticas votaram em confiança, disse.
A crise na Itália que culminou com a renúncia de Draghi com a recusa ao voto de confiança por parte de um dos partidos de coalizão do governo, o Movimento Cinco Estrelas (M5S). Isso aumentou a incerteza política no país, colocando em risco os esforços de o país conseguir financiamentos por parte da União Europeia para reduzir a dependência do gás russo.
Draghi foi reconduzido ao cargo depois da reeleição do presidente Sergio Mattarella, em 29 de janeiro de 2022. Ele anunciou que vai entregar sua carta de renúncia ao presidente ainda hoje.
A coalizão que ajudou a eleger Mattarella é bastante heterogênea, e conta com todos os partidos do Parlamento italiano, exceto o de extrema-direita Irmãos da Itália, que ficou na oposição.
O governo vem tendo dificuldades para manter seu programa, especialmente com a guerra na Ucrânia. A Itália é um dos países que mais dependem do petróleo russo. A instabilidade no governo italiano fez a bolsa de Milão fechar em forte baixa de 3,44%, a menor da Europa. Não há informações se o presidente Mattarella convocará novas eleições antecipadas para o cargo de primeiro-ministro.
Vanessa Zampronho / Agência CMA
Imagem: Wikimedia
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