O dólar fechou esta segunda-feira (12) em alta de 0,52%, a R$ 5,68, seguindo o movimento global de valorização da moeda americana. A alta foi impulsionada por um acordo provisório sobre tarifas entre Estados Unidos e China, que reduziu o temor de recessão na maior economia do mundo.
Desde meados de abril, os mercados vinham favorecendo moedas de países emergentes, como o real, com uma rotação global de carteiras. No entanto, nesta segunda, os investidores interromperam esse movimento e voltaram a aumentar posições em dólar e em ativos negociados nas bolsas de Nova York.
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A valorização de commodities, como minério de ferro e petróleo, ajudou a conter parcialmente as pressões sobre o real, mas não impediu a alta da moeda americana.
Índice DXY se aproxima de 102 pontos
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, subiu mais de 1,5%. O indicador rompeu os 101 pontos e atingiu máxima de 101,977 pontos.
Os maiores ganhos do dólar foram contra o iene japonês e o franco suíço, moedas consideradas “porto seguro” em períodos de maior risco.
Acordo de tarifas reduz tensão entre EUA e China
O avanço do dólar está relacionado à trégua comercial entre Estados Unidos e China. No fim de semana, os dois países assinaram um acordo que suspende, por 90 dias, tarifas de importação que chegavam a ultrapassar 100%.
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Os EUA reduzirão suas tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10%.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que houve uma “redefinição total” nas negociações e que conversará com o líder chinês Xi Jinping ainda nesta semana.