O dólar fechou esta quarta-feira (14) em alta de 0,43%, cotado a R$ 5,63. A valorização veio após uma manhã instável, marcada por trocas de sinal, e refletiu o comportamento do dólar no exterior e o movimento de realização de lucros no mercado local.
Com a agenda de indicadores esvaziada e sem novidades relevantes no cenário internacional, investidores ajustaram posições após a forte queda da moeda na véspera.
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“O movimento de hoje reflete ajustes técnicos depois da queda de ontem e a virada do dólar lá fora. Além disso, a queda nas commodities pesou contra o real”, afirmou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, em entrevista ao Estadão Broadcast.
Commodities e DXY
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, operou em baixa pela manhã, mas virou para alta à tarde, puxado principalmente pela fraqueza do euro. No fim do dia, o DXY estava pouco acima dos 101,100 pontos.
A queda nas commodities, especialmente no petróleo — que recuou após quatro altas consecutivas devido ao aumento inesperado dos estoques nos EUA — também pressionou o real, dado o peso relevante do setor na pauta de exportações brasileiras.
Fluxo cambial
Dados do Banco Central mostraram que o fluxo cambial ficou positivo em US$ 1,075 bilhão em maio até o dia 9, impulsionado por entradas líquidas de US$ 1,424 bilhão no comércio exterior. No acumulado do ano, no entanto, o fluxo é negativo em US$ 7,737 bilhões.
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Dados que podem movimentar o dólar
Amanhã, os investidores estarão atentos a uma agenda econômica carregada nos Estados Unidos, que pode influenciar os mercados globais. Serão divulgados:
- Vendas no varejo;
- Produção industrial;
- Índice Empire State (atividade industrial);
- Índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês).
Além disso, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, fará discurso em evento público. Qualquer sinalização sobre os próximos passos da política monetária americana poderá impactar os mercados emergentes, como o Brasil.