O estado do Paraná enfrenta um cenário preocupante no que diz respeito à inadimplência empresarial. De acordo com dados recentes da Serasa Experian, 452.631 empresas estavam com dívidas em atraso em março de 2025. Isso representa 26,6% de todas as empresas ativas no estado, indicando que mais de uma em cada quatro empresas paranaenses enfrenta dificuldades financeiras.
O valor médio das dívidas por empresa no Paraná foi de R$ 3.056,58, com cada empresa possuindo, em média, oito pendências financeiras. O montante total de débitos negativados no estado ultrapassa R$ 11,3 bilhões, refletindo um desafio significativo para a economia local.
Como a inadimplência empresarial afeta o Brasil?

No cenário nacional, a situação é igualmente preocupante. Em março de 2025, 7,3 milhões de empresas brasileiras estavam inadimplentes, o maior número registrado na série histórica. Isso representa 31,9% dos negócios do país, um aumento de um ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
O valor total das dívidas das empresas brasileiras atingiu R$ 169,8 bilhões, também um recorde. Em média, cada CNPJ possuía cerca de 7,3 contas negativadas, com um ticket médio de dívida de R$ 3.186,80. Esse cenário reflete os desafios enfrentados pelas empresas em um ambiente econômico marcado por juros elevados e dificuldades de acesso ao crédito.
Quais setores são mais impactados pela inadimplência?
O setor de Serviços lidera o ranking de empresas negativadas, representando 53% do total. Em seguida, o Comércio responde por 34,8%, enquanto a Indústria representa 8%. Outros setores, incluindo o Financeiro e o Terceiro Setor, somam 3,3%, e o setor Primário contribui com 1%.
Em relação ao setor das dívidas, a maioria das inadimplências ocorreu no segmento de Serviços (31,6%), seguido por Bancos e Cartões (20,7%). Esses dados destacam a vulnerabilidade dos setores que dependem fortemente de crédito e financiamento para suas operações diárias.
Quais são as causas da inadimplência recorde?
Segundo especialistas, o cenário de inadimplência recorde entre as empresas reflete os efeitos prolongados de juros elevados e as dificuldades de acesso ao crédito. Pequenos negócios são os mais impactados, pois geralmente possuem menor capital de giro, maior dependência do crédito bancário e menos margem para absorver oscilações do mercado.
Esses fatores, combinados com um ambiente econômico desafiador, contribuem para o aumento das dívidas e das dificuldades financeiras enfrentadas pelas empresas em todo o país.
Perspectivas para o futuro
O futuro das empresas brasileiras depende de uma série de fatores, incluindo políticas econômicas que facilitem o acesso ao crédito e a redução das taxas de juros. Além disso, estratégias de gestão financeira eficazes podem ajudar as empresas a navegar por períodos de instabilidade econômica.
Com a implementação de medidas adequadas, espera-se que as empresas possam recuperar sua saúde financeira e contribuir para o crescimento econômico sustentável do país.