O IBGE acaba de divulgar os dados do IPCA de maio e o resultado impacta diretamente o seu carrinho de compras. Para o chefe de família, que controla o orçamento doméstico, entender o que subiu e o que desceu de preço é a ferramenta mais poderosa para fazer o dinheiro render.
Analisamos o relatório e criamos um guia prático: de um lado, os 7 “vilões” que mais pressionaram as contas; do outro, os 5 “heróis” que trazem alívio e devem ser priorizados. Use esta informação para planejar suas próximas compras de forma estratégica e proteger seu bolso.
Quais foram os 7 vilões que mais pesaram no bolso?

A lista de altas deste mês foi puxada por itens básicos da horta e da despensa. Ficar atento a eles e ter um plano B na hora de cozinhar é fundamental para não estourar o orçamento.
- Batata-inglesa (+20,6%): A grande vilã do período. O clima desfavorável afetou a safra, e o preço disparou. Troque por: batata-doce, mandioca ou inhame, que estão com preços mais estáveis e são nutricionalmente ricos.
- Mamão (+8,1%): A fruta está em período de entressafra, o que diminuiu a oferta. Troque por: laranja-pera ou melão, que estão mais baratos este mês.
- Cebola (+7,9%): Outro item que sofreu com as chuvas, encarecendo o principal tempero do brasileiro. Troque por: alho-poró em refogados ou repolho fatiado fino em saladas.
- Café moído (+3,4%): O cafezinho de todo dia ficou mais caro. Dica: Pesquise por marcas regionais ou de redes de supermercado, que costumam ser mais em conta.
- Manteiga (+2,5%): O preço do leite e seus derivados continua a subir. Troque por: margarina para algumas preparações ou aproveite promoções “leve 2 pague 1”.
- Frango em pedaços (+0,9%): Uma alta mais tímida, mas que pesa no acumulado. Dica: Comprar o frango inteiro e fazer os cortes em casa pode gerar uma economia de até 30%.
- Sabão em pó (+1,5%): Os produtos de limpeza também registraram alta. Dica: Experimente marcas próprias de supermercados, que oferecem boa qualidade com um custo menor.
Como a alta da batata e da cebola impacta o dia a dia da cozinha?
A disparada no preço da batata e da cebola é sentida em quase todas as refeições da família, da sopa ao prato principal. Ignorar essa alta significa gastar muito mais para fazer o básico. A melhor estratégia é reduzir temporariamente o consumo desses dois itens. Ao fazer um picadinho, por exemplo, substitua a batata por cenoura ou batata-doce. No refogado do feijão, capriche mais no alho e no cheiro-verde para compensar a ausência da cebola.
Quais são os 5 heróis da economia para priorizar na sua lista de compras?
Felizmente, a maré baixou para outros produtos essenciais. Focar nestes itens é a forma mais inteligente de equilibrar as contas e garantir a variedade na mesa.
- Laranja-pera (-9,7%): A campeã da economia no mês. Aproveite a safra para fazer sucos, bolos e fortalecer a imunidade da família.
- Tomate (-6,8%): Após meses de alta, o tomate finalmente deu um alívio. É a hora de voltar a fazer saladas e molhos caseiros.
- Feijão-carioca (-3,3%): O parceiro do arroz ficou mais barato, garantindo a base do prato brasileiro por um custo menor.
- Arroz (-1,5%): A queda foi menor, mas, somada à do feijão, representa uma economia importante na refeição principal.
- Óleo de soja (-1,2%): O preço se acomodou em um patamar mais baixo, aliviando o custo de frituras e refogados.
Como usar os produtos em baixa para criar um cardápio semanal econômico?
Com o placar da inflação em mãos, monte um plano de ataque. Baseie as refeições da semana na dupla arroz com feijão, que está mais barata. Aproveite a queda do tomate para cozinhar um grande lote de molho caseiro e congelar em porções. Inclua a laranja como sobremesa diária ou até mesmo como ingrediente de um frango assado. A ideia é simples: o que está barato, vira protagonista.
Comprar de forma inteligente é um hábito. Ao transformar a consulta de preços em parte da sua rotina, você assume o controle do orçamento e garante que sua família tenha sempre o melhor, gastando menos.









