O dólar comercial caiu abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez desde outubro, pressionado por uma combinação de fatores internacionais e locais, que vão além da tradicional aversão ao risco, abrindo espaço para o fortalecimento do real.
Segundo a trader Luana Pires, em vídeo publicado no canal do Monitor do Mercado no YouTube, a moeda americana perdeu força globalmente e mesmo com o agravamento do conflito entre Irã e Israel, o dólar não reagiu como porto seguro.
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O índice DXY, que mede o dólar frente a uma cesta de moedas fortes, subiu apenas 0,25% na semana — movimento tímido diante da tensão geopolítica. “O investidor não corre mais para o dólar com o mesmo ímpeto de antes”, explicou Pires. Confira na íntegra:
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Investidores saem do dólar em busca de ouro e franco suíço
Os dados mostram uma mudança nos ativos considerados refúgios seguros. Cerca de 95% dos bancos centrais planejam aumentar as reservas em ouro em 2024 e 75% querem reduzir a exposição ao dólar nos próximos cinco anos.
O ouro já acumula alta de 30% no ano, enquanto o pessimismo com a moeda americana atinge o maior nível em 20 anos entre gestores globais.
Além disso, a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos no segundo semestre e o ritmo mais fraco de crescimento da economia americana contribuem para a pressão sobre o dólar. O índice DXY já caiu quase 10% no ano, atingindo o menor patamar desde 2022.
Real se beneficia de cenário local e fluxo estrangeiro
No Brasil, a combinação de Selic ainda elevada e fluxo estrangeiro favorece a moeda nacional. Investidores globais têm direcionado recursos para ativos em moeda local, como títulos públicos e dívida corporativa, impulsionando a demanda por reais.
“Esses papéis já renderam mais de 10% ao ano”, afirmou Luana, ressaltando o interesse por ativos brasileiros.
A atuação do Banco Central também ajuda a controlar a volatilidade. A autoridade monetária tem usado os leilões de linha, ferramenta que injeta dólares temporariamente no mercado sem comprometer as reservas internacionais. O objetivo é suavizar momentos de estresse, oferecendo liquidez em operações com recompra agendada.
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Fed e petróleo seguem no radar
Apesar da fraqueza recente, o dólar continua sendo uma variável central no mercado. A decisão do Federal Reserve (Fed) sobre os juros nos EUA e os efeitos da alta do petróleo, motivada por tensões no Oriente Médio, ainda podem influenciar os próximos movimentos da moeda.
Se a inflação persistir e os cortes forem adiados, o dólar pode voltar a ganhar força no curto prazo.