O Benefício de Prestação Continuada (BPC) passou por mudanças importantes em 2025, após a publicação de um novo decreto pelo governo federal. O BPC é uma assistência social destinada a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência que vivem em situação de vulnerabilidade econômica. O valor do benefício corresponde ao salário mínimo vigente, sendo fundamental para garantir uma renda básica a quem não possui meios de se sustentar.
As alterações nas regras de concessão e revisão do BPC buscam tornar o acesso mais justo e alinhado com outras legislações sociais, como o Estatuto do Idoso. Entre as novidades, destaca-se a ampliação da lista de rendas que não entram no cálculo da renda familiar, facilitando o acesso ao benefício para quem realmente precisa. Além disso, a revisão dos critérios de elegibilidade e a possibilidade de convocação dos beneficiários a qualquer momento reforçam o controle sobre a destinação dos recursos públicos.
Quais são as principais mudanças no BPC em 2025?

O novo decreto trouxe ajustes significativos para o BPC, impactando diretamente os critérios de quem pode receber o benefício. Uma das principais alterações é a exclusão de determinados rendimentos do cálculo da renda familiar. Agora, benefícios como indenizações por danos ambientais, auxílio financeiro temporário e até mesmo o BPC recebido por outro membro da família não são mais considerados na análise da renda per capita.
Outra mudança relevante é a permissão para que duas pessoas na mesma residência possam receber o BPC, desde que atendam aos requisitos legais. Antes, havia restrições que impediam esse acúmulo, o que gerava conflitos e judicializações. O novo texto também elimina o prazo fixo de dois anos para a revisão dos benefícios, permitindo que o governo convoque os beneficiários a qualquer tempo para reavaliação.
Como fica o cálculo da renda familiar para o BPC?
O cálculo da renda familiar é um dos pontos centrais para a concessão do BPC. A partir de 2025, a renda per capita considerada deve ser igual ou inferior a um quarto do salário mínimo, o que corresponde a R$ 379,50 neste ano. Para chegar a esse valor, são desconsiderados alguns tipos de renda, como:
- Benefícios assistenciais recebidos por outros membros da família, como o próprio BPC;
- Auxílio-inclusão para pessoas com deficiência;
- Indenizações e auxílios temporários pagos por situações específicas, como desastres ambientais;
- Benefícios previdenciários de até um salário mínimo, como aposentadorias e pensões.
Por outro lado, o decreto reforça que não é permitido acumular o BPC com outros programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Caso uma família esteja recebendo ambos, será necessário optar por apenas um dos benefícios.
Quais são os requisitos para solicitar o BPC atualmente?
Para solicitar o BPC em 2025, o cidadão precisa atender a uma série de exigências. Entre elas, é obrigatório possuir Cadastro de Pessoa Física (CPF) ativo, estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e manter as informações atualizadas por pelo menos 24 meses. Além disso, é necessário realizar o registro de biometria e comprovar a situação de vulnerabilidade social conforme os critérios estabelecidos.
- Ter idade mínima de 65 anos ou ser pessoa com deficiência;
- Comprovar renda familiar per capita igual ou inferior a um quarto do salário mínimo;
- Estar inscrito e com dados atualizados no CadÚnico;
- Possuir CPF ativo e registro biométrico;
- Não receber outro benefício da seguridade social, como seguro-desemprego ou pensão superior ao limite permitido.
O processo de análise é realizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que pode convocar o beneficiário para revisões a qualquer momento, conforme a nova regra.
O que muda para quem já recebe o BPC?
Os beneficiários que já recebem o BPC devem ficar atentos às novas regras, especialmente quanto à revisão periódica e à atualização dos dados no CadÚnico. A qualquer momento, o INSS pode solicitar documentos ou informações adicionais para verificar se o beneficiário ainda se enquadra nos critérios do programa. Caso seja identificada alguma irregularidade ou mudança na renda familiar, o benefício pode ser suspenso.
Essas alterações visam aprimorar a gestão do BPC, garantir que o benefício chegue a quem realmente necessita e evitar fraudes. Com as novas diretrizes, espera-se maior transparência e eficiência na concessão da assistência social, mantendo o compromisso com a proteção das pessoas em situação de vulnerabilidade no Brasil.