Na tarde de 3 de junho de 2025, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou o projeto do Executivo que prevê um reajuste de 8% no piso regional para o próximo ano. A proposta, protocolada em regime de urgência, recebeu 46 votos favoráveis e quatro contrários, refletindo o alinhamento com a política salarial estadual e as tendências nacionais de negociações coletivas.
O novo percentual busca equilibrar a valorização dos trabalhadores gaúchos com a necessidade de preservar o ambiente de negócios e a geração de empregos. O reajuste abrange diversas categorias profissionais, divididas em cinco faixas salariais, e segue práticas adotadas por outros estados brasileiros.
Como ficou definido o reajuste do piso regional em 2025?
O reajuste de 8% aprovado pela Assembleia Legislativa eleva os valores do piso regional em todas as faixas, impactando diretamente trabalhadores de diferentes setores. A primeira faixa passa a ser de R$ 1.789,04, enquanto a quinta, destinada a técnicos de nível médio, chega a R$ 2.267,21. O projeto de lei foi encaminhado pelo Executivo em 26 de maio e votado em caráter de urgência, evitando o bloqueio da pauta legislativa.

O percentual estabelecido acompanha o cenário nacional, considerando negociações coletivas e políticas salariais de outras unidades federativas. A medida visa garantir que o salário mínimo regional continue sendo uma referência para a remuneração de trabalhadores em diversas áreas da economia gaúcha.
Quais são as faixas e categorias do piso regional?
O piso regional do Rio Grande do Sul está estruturado em cinco faixas, cada uma abrangendo diferentes segmentos profissionais. A Faixa 1, com valor de R$ 1.789,04, inclui trabalhadores da agricultura, pecuária, indústrias extrativas, empregados domésticos, turismo, construção civil, motoboys, entre outros. Já a Faixa 2, de R$ 1.830,23, contempla setores como vestuário, calçados, papel, saúde, limpeza, call centers e hotelaria.
Na Faixa 3, com piso de R$ 1.871,75, estão profissionais das indústrias do mobiliário, químicas, farmacêuticas, alimentação, comércio em geral e movimentação de mercadorias. A Faixa 4, fixada em R$ 1.945,67, abrange metalúrgicos, gráficos, vidreiros, seguradoras, joalherias, auxiliares escolares, vigilantes e marítimos. Por fim, a Faixa 5, de R$ 2.267,21, é destinada a técnicos de nível médio, tanto de cursos integrados quanto subsequentes.
Por que o reajuste do piso regional é importante para o trabalhador gaúcho?
O reajuste do piso regional desempenha papel fundamental na proteção do poder de compra dos trabalhadores, especialmente daqueles que atuam em setores com menor capacidade de negociação salarial. Ao atualizar os valores, o governo busca evitar a defasagem dos rendimentos frente à inflação e garantir condições mínimas para a subsistência das famílias.
Além disso, o piso regional serve como referência para acordos coletivos e negociações sindicais, influenciando diretamente o mercado de trabalho. O aumento aprovado para 2025 reforça o compromisso com a valorização do trabalho e a promoção de um ambiente econômico mais equilibrado.
Como foi o processo de votação e aprovação do reajuste?
A tramitação do Projeto de Lei 185/2025 ocorreu em regime de urgência, o que acelerou sua análise e votação na Assembleia Legislativa. Um requerimento de preferência aprovado por 33 votos contra 17 garantiu que a proposta do Executivo fosse apreciada conforme encaminhada, sem alterações no texto original.
O debate em plenário envolveu discussões sobre o impacto do reajuste tanto para trabalhadores quanto para empregadores. Apesar de algumas divergências, a maioria dos parlamentares reconheceu a necessidade de atualização do piso regional, resultando na aprovação expressiva da medida.
Quais os próximos passos após a aprovação do reajuste?
Com a aprovação do reajuste, os novos valores do piso regional entram em vigor após a sanção do governador e publicação no Diário Oficial do Estado. Empresas e empregadores deverão adequar as remunerações de acordo com as faixas estabelecidas, respeitando os direitos dos trabalhadores abrangidos pela legislação.
O acompanhamento da implementação do novo piso será feito por órgãos de fiscalização trabalhista, sindicatos e entidades representativas. A atualização periódica do piso regional permanece como instrumento essencial para a garantia de condições dignas de trabalho e para o fortalecimento da economia gaúcha.






