As bolsas dos EUA fecharam esta quinta-feira (10) em alta, impulsionado por bons resultados de empresas do setor aéreo e pela valorização da Nvidia, que se tornou a primeira empresa na história a fechar acima de US$ 4 trilhões em valor de mercado. Como resposta, o Nasdaq e S&P 500 atingiram novos recordes.
Por outro lado, ações e recibos de empresas brasileiras negociados nos Estados Unidos recuaram com força, após o presidente Donald Trump impor uma nova tarifa de importação de 50% contra o Brasil.
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Desempenho dos índices
- Dow Jones sobe 0,43% (44.650,64 pontos);
- S&P 500 ganha 0,27% (6.280,46 pontos);
- Nasdaq avança 0,09% (20.630,66 pontos).
Movimentações no mercado corporativo
As ações de companhias aéreas lideraram os ganhos após a Delta Air Lines divulgar lucro e receita acima do esperado no segundo trimestre de 2025. A empresa também retomou suas projeções anuais, que estavam suspensas desde abril.
A Delta subiu 12%, a United Airlines avançou 14% e a American Airlines ganhou 12,9%. A alta coincidiu com a queda nos preços do petróleo, o que reduz custos operacionais no setor.
Papéis do setor bancário também registraram valorização, após o Federal Reserve (Fed) abrir uma consulta pública para discutir mudanças na classificação de instituições bem administradas.
A medida foi interpretada como um possível passo em direção à flexibilização regulatória. Goldman Sachs e JPMorgan subiram 1,78% e 1,80%, respectivamente.
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A Nvidia subiu 0,75%, fechando a US$ 164,10 — novo recorde de preço. A companhia encerrou o dia com valor de mercado de US$ 4 trilhões. Ontem, a Nvidia havia atingido este patamar, mas recuou antes do fechamento.
As ações da WK Kellogg dispararam após a italiana Ferrero anunciar um acordo de aproximadamente US$ 3 bilhões para adquirir a divisão de cereais matinais da empresa americana.
Ações brasileiras sofrem nos EUA
Em sentido oposto ao otimismo geral, empresas brasileiras listadas em Nova York tiveram quedas relevantes, afetadas pelo risco tarifário. A fala de Donald Trump, com promessas de novas tarifas sobre produtos brasileiros, ampliou a aversão a ativos ligados ao país.
Entre os destaques negativos:
- Nu Holdings: -4,47%;
- ADR do Itaú: -4,21%;
- ADR do Bradesco: -2,82%;
- Embraer: -4,6%.