A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) medida pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,7% em maio na comparação com abril, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (14). O resultado ficou além da expectativa mais pessimista do mercado, que previa retração de até 0,50%.
Com o desempenho de maio, o IBC-Br com ajuste sazonal acumulou alta de 1,28% no trimestre encerrado em maio, sinalizando uma perda de ritmo frente ao crescimento de 1,4% observado no primeiro trimestre.
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De janeiro a maio, o IBC-Br acumula alta de 3,36%. No mesmo período, o setor agropecuário cresceu 17,05%, enquanto o índice excluindo o agro (ex-agro) subiu 2,31%. Indústria (+2,62%) e serviços (+2,20%) também contribuíram para o avanço no acumulado do ano.
No acumulado de 12 meses, a atividade soma alta de 4,04%, com aceleração frente ao dado até abril (3,94%). O desempenho da agropecuária foi novamente determinante, com alta de 12,68% no período.
Agro recua e derruba prévia do PIB
O setor agropecuário foi o principal responsável pela queda do IBC-Br em maio, com retração de 4,25% no mês. A indústria também contribuiu negativamente, com baixa de 0,52%, enquanto o setor de serviços teve variação quase estável, com alta de apenas 0,01%.
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Na avaliação do economista Leonardo Costa, do ASA Investments, o dado de maio consolida o cenário de desaceleração gradual da atividade doméstica. “O IBC-Br do segundo trimestre até maio indica alta de 0,3%, bem abaixo do 1,4% do primeiro trimestre. A média móvel trimestral também desacelerou para 1,3%”, destacou em nota.
Revisões e desempenho setorial
O Banco Central revisou os dados dos meses anteriores: abril passou de alta de 0,16% para 0,05% e março, de 0,71% para 0,61%. Apenas fevereiro foi mantido em 0,60%. Tais ajustes são comuns com a inclusão de novos dados.
Na comparação com maio de 2024, o IBC-Br teve alta de 3,16% sem ajuste sazonal, abaixo da mediana das projeções (4,10%). Destaques interanuais incluem o crescimento da agropecuária (+8,43%) e da indústria (+3,25%).