Com o avanço das tecnologias digitais e o aumento do acesso à internet, cresceu também o número de golpes envolvendo promessas de benefícios de saúde. Entre esses, destaca-se o golpe do plano de saúde falso, que tem afetado inúmeros brasileiros de diferentes faixas etárias. O modus operandi costuma ser sofisticado, utilizando abordagens que passam credibilidade, seja por meio de sites falsos, contatos telefônicos ou mensagens em aplicativos populares.
Esse tipo de fraude aproveita o desejo da população por serviços médicos acessíveis. Muitos interessados acabam fornecendo dados pessoais e bancários sem desconfiar de possíveis irregularidades. Em poucos passos, esses dados são utilizados por golpistas para contratos inexistentes, cobranças indevidas ou, até mesmo, para aplicar outros tipos de golpes, o que gera prejuízo financeiro e transtornos para as vítimas.
Como funciona o golpe do plano de saúde falso?
O golpe do plano de saúde falso costuma seguir uma estratégia bem definida para conquistar a confiança da vítima. Geralmente, os criminosos publicam anúncios atraentes em redes sociais, enviam mensagens personalizadas ou até fazem ligações oferecendo condições especiais e valores que parecem muito vantajosos em comparação com planos legítimos. Durante o contato, solicitam informações sensíveis, como documentos pessoais e dados bancários, alegando necessidade para a contratação ou liberação de benefícios.
Após a “contratação”, os golpistas emitem boletos fraudulentos ou realizam cobranças indevidas via cartão de crédito. A documentação enviada pela vítima é usada para abrir contas em nome de terceiros ou realizar compras não autorizadas. Em muitos casos, a pessoa só percebe que foi enganada ao tentar usar o suposto plano de saúde e descobrir que não existe nenhum contrato válido registrado em órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Quais sinais indicam um possível golpe relacionado ao plano de saúde?
É possível identificar algumas características comuns em ofertas duvidosas de planos de saúde. Entre os pontos de alerta estão:
- Valores muito abaixo do mercado – Propostas que fogem da média praticada por operadoras regulamentadas costumam ser indícios de fraude.
- Ausência de registro na ANS – A consulta do CNPJ da operadora junto à ANS é essencial antes de fechar qualquer negócio.
- Pressa para fechar o contrato – Golpistas geralmente tentam forçar uma decisão rápida, sem oferecer tempo para análise dos documentos.
- Pedidos suspeitos de informações sensíveis – Solicitam dados pessoais completos e bancários logo no primeiro contato, o que não é uma prática comum em empresas idôneas.
- Promessas de carência zero ou cobertura irrestrita – Condições excessivamente vantajosas podem sinalizar golpes.
Como evitar ser vítima do golpe do plano de saúde falso?
Tomar alguns cuidados básicos pode reduzir significativamente as chances de cair nesse tipo de fraude. Confira algumas dicas importantes:
- Pesquisar a reputação da operadora ou corretora em sites de reclamação e verificar o CNPJ junto à ANS.
- Desconfiar de preços muito abaixo do mercado, mesmo que a oferta prometa vantagens exclusivas e parcelamentos facilitados.
- Evitar encaminhar dados pessoais por mensagem ou telefone sem confirmação da veracidade do contato.
- Exigir sempre um contrato formal, lendo todas as cláusulas antes de assinar, e conferindo se existe um canal de atendimento ao cliente claro e transparente.
- Reportar situações suspeitas às autoridades como polícia civil ou Procon, colaborando para reduzir os casos.
A prevenção ainda é a melhor estratégia diante dos riscos trazidos pelo golpe do plano de saúde falso. Desconfiança diante de propostas milagrosas, pesquisas detalhadas e atenção aos detalhes do contrato podem ajudar a proteger dados pessoais e evitar prejuízos financeiros. Para aqueles que suspeitam terem sido vítimas, o ideal é registrar um boletim de ocorrência e buscar orientação junto a órgãos de defesa do consumidor.