O recente concurso realizado pelo Ministério da Previdência Social marca um ponto de inflexão na história do atendimento médico pericial no Brasil. Após mais de uma década, 500 novos peritos médicos federais foram aprovados, com prioridade para as regiões Norte e Nordeste do país, que são conhecidas por concentrarem as filas mais longas nos agendamentos de perícias. Essa nomeação representa um esforço significativo para diminuir a espera e melhorar o atendimento nos locais onde a necessidade é mais acentuada.
As agências da Previdência Social passarão a contar com um reforço considerável em sua capacidade operacional, especialmente em áreas onde a carência de profissionais era evidente. Com números significativos, os estados do Norte e Nordeste terão um incremento de 46,56% e 36,31% na capacidade de atendimento, respectivamente. Essas regiões, que historicamente enfrentam dificuldades no acesso a serviços essenciais, estão vendo um avanço que pode melhorar substancialmente a vida de muitos cidadãos.
Como ficará a distribuição dos peritos?

Os 500 novos profissionais estarão distribuídos por 235 municípios do Brasil. O Norte receberá 88 desses peritos e o Nordeste, 268, o que representa um esforço direcionado para mitigar as longas esperas nessas áreas. Essa distribuição estratégica busca não só reduzir as filas, mas também fortalecer o sistema previdenciário onde existe maior demanda reprimida.
- Norte: 88 novos peritos;
- Nordeste: 268 novos peritos;
- Centro-Oeste: reforço de 28% de profissionais;
- Sudeste: aumento de 5,2% na capacidade;
- Sul: incremento de 2,7% de peritos.
Dessa forma, espera-se criar maior equilíbrio nacional no atendimento às perícias médicas federais, ampliando a eficácia dos serviços públicos em todo o território brasileiro.
Qual impacto nos estados mais beneficiados?
A chegada dos novos peritos deve causar um impacto positivo em estados como a Bahia, que terá reforço significativo em cidades como Salvador, Alagoinhas, dentre outras. No Ceará, municípios menores como Aquiraz e Aracati também serão beneficiados. Isso pode resultar em ganhos para a saúde pública e para o funcionamento do INSS, promovendo maior celeridade nos processos.
Além disso, será possível descentralizar o atendimento em regiões onde pacientes precisavam percorrer longas distâncias para realizar uma perícia médica. Como consequência, haverá uma maior inclusão social, ampliando o acesso de comunidades mais distantes e vulneráveis aos direitos previdenciários e sociais.
Entre as expectativas para os estados mais beneficiados, estão:
- Redução do tempo de espera nas filas;
- Descentralização do atendimento pericial;
- Facilitação do acesso em áreas remotas;
- Reforço da justiça social e do acesso aos direitos.
Por que a prioridade ao Norte e Nordeste?
A decisão de dar prioridade a essas regiões baseia-se em critérios de necessidade e urgência. O governo identificou que o Norte e o Nordeste possuem as maiores demandas não atendidas, devido ao número insuficiente de peritos, sendo um reflexo de desafios históricos relacionados à infraestrutura e distribuição de profissionais de saúde.
Nessas áreas, a carência de profissionais médicos é agravada por fatores socioeconômicos e geográficos que tornam o acesso a serviços de saúde uma tarefa desafiadora. Essas prioridades também alinham-se com políticas de inclusão social e redução das desigualdades regionais, tema fundamental no desenvolvimento sustentável do país.
Quais as expectativas desse reforço?
O aumento na capacidade de atendimento é aguardado com ansiedade tanto por gestores quanto pela população. Espera-se que o reforço permita não apenas a diminuição do tempo de espera por perícias médicas, mas também melhore a qualidade dos atendimentos. Em um cenário ideal, os peritos poderão atender mais casos com maior eficiência, resultando em um sistema previdenciário mais eficaz e justo.
Além da redução de filas, a ampliação do quadro de peritos pode trazer melhorias no acompanhamento dos casos, com maior detalhamento na análise das condições de saúde dos segurados. Com processos mais ágeis e criteriosos, é visível o potencial de minimizar fraudes e garantir maior justiça na concessão dos benefícios. Outro benefício esperado é a redução do deslocamento de pacientes entre cidades distantes, promovendo maior comodidade e acessibilidade.
Quais desafios ainda precisam ser superados?
Apesar da nomeação dos novos peritos, o desafio de fixar profissionais nas áreas mais remotas ainda existe. Programas de incentivos e capacitação contínua serão necessários para garantir que os resultados positivos sejam duradouros e que os profissionais permaneçam motivados a atuar nessas regiões prioritárias.
Outro ponto importante será a integração destes peritos aos sistemas existentes e o alinhamento aos protocolos de atendimento, de modo que a padronização dos serviços reflita nos índices de satisfação da população. Medidas de acompanhamento e avaliação de desempenho serão fundamentais para mensurar o impacto a médio e longo prazo.
- Fixação dos profissionais;
- Capacitação contínua;
- Integração aos sistemas operacionais;
- Avaliação constante dos serviços prestados.
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Como será o futuro da perícia médica?
Essas mudanças refletem um compromisso em melhorar os serviços públicos essenciais, representando um avanço significativo na saúde pública brasileira. A entrada desses novos profissionais sinaliza um futuro onde o acesso a serviços médicos periciais seja mais equitativo e ágil para todos os cidadãos, independentemente de sua localização geográfica.
Com estratégias contínuas para fortalecer o atendimento e novos concursos planejados para os próximos anos, o cenário é de otimismo. A expectativa é que, gradualmente, o tempo de espera pelas perícias continue caindo, proporcionando mais dignidade, eficiência e confiança no sistema previdenciário nacional.