O cenário econômico e financeiro desta semana foi impactado pelo tarifaço de Donald Trump, que voltou ao centro das atenções em todo o mundo. O anúncio de novas tarifas pelos Estados Unidos, após um acordo inicial com a União Europeia, aumentou a incerteza nos mercados.
Nesta sexta-feira (1), o Monitor do Mercado traz mais uma edição do quadro “Semana em 5 Minutos”, resumo semanal direto e sem enrolação assinado por Gil Carneiro.
“Não são as circunstâncias que causam os resultados, são as pessoas” — Jim Collins.
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Brasil: Tarifaço com isenções e Selic estável
O Brasil foi alvo da maior tarifa imposta pelos Estados Unidos, mas a aplicação do tarifaço foi adiada por sete dias e contará com uma série de isenções. Produtos como suco de laranja, celulose, petróleo, minério de ferro e aeronaves da Embraer ficaram fora da cobrança. No total, 694 itens foram poupados.
A medida aliviou o impacto para o setor exportador, embora tenha ocorrido em meio a tensões políticas envolvendo os governos brasileiro e americano.
No campo monetário, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15%, como esperado. A autoridade monetária reforçou que a fragilidade fiscal do país exige cautela e eleva o prêmio de risco, limitando o espaço para cortes de juros. Um eventual movimento de queda poderá ocorrer se o Federal Reserve iniciar a flexibilização nos Estados Unidos.
A dívida bruta brasileira atingiu 76,6% do PIB em junho, somando R$ 9,4 trilhões. A alta foi impulsionada pelo aumento de 0,7% nas despesas com juros. A taxa de desemprego caiu para 5,8%, com criação de vagas e aumento da renda, enquanto a produção industrial recuou 1,3%, sinalizando desaceleração.
EUA: tarifaço recorde e desaceleração do emprego
Nos Estados Unidos, Trump anunciou uma nova rodada de tarifas, elevando para 15% a taxa mínima sobre importações — maior patamar em 90 anos. O presidente também aplicou 25% sobre produtos da Índia, em resposta à compra de petróleo russo pelo país.
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O Federal Reserve manteve a taxa de juros em 4,50%, mas dois membros votaram por um corte de 0,25 ponto, algo inédito em 35 anos. O payroll mostrou criação de empregos abaixo do esperado, reforçando sinais de desaceleração econômica.
No setor corporativo, Apple, Microsoft e Meta apresentaram resultados acima das expectativas, sustentados por investimentos em inteligência artificial. A Amazon, por outro lado, divulgou projeções mais fracas para o restante do ano.
China: interdependência limita escalada do conflito
Os PMIs industriais globais, incluindo os da China, indicaram retração em julho, aumentando a percepção de risco. Apesar das tensões tarifárias, a forte interdependência entre as economias americana e chinesa tende a conter uma escalada. Os EUA dependem de terras raras da China, enquanto o país asiático é altamente dependente de semicondutores americanos.
Europa: acordo com EUA gera críticas internas
O acordo entre União Europeia e EUA, inicialmente visto como trégua, impôs tarifa de 15% para produtos europeus contra apenas 1% para bens americanos, além de exigir investimentos do bloco em setores estratégicos nos EUA. A falta de reciprocidade levantou críticas entre indústrias do continente.
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