A CSD BR, empresa que busca criar uma nova Bolsa de Valores no Brasil, recebeu um aporte de R$ 100 milhões do Citi, UBS e Morgan Stanley. O investimento, reportado pelo Brazil Journal, será integralmente destinado ao desenvolvimento da infraestrutura tecnológica necessária para operar no mercado de capitais.
Segundo o CEO e cofundador da companhia, Edivar Vilela de Queiroz Filho, a estratégia é acelerar a implantação da nova plataforma.
“Já tínhamos todo o capital regulatório necessário e os recursos para desenvolver a tecnologia. Com este capital, vamos ganhar velocidade e trazer sócios com experiência para ajudar no processo”, disse.
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Próximos passos da CSD BR
A CSD BR já possui três das quatro licenças exigidas para operar como Bolsa: registradora, depositária e liquidante.
A autorização que falta é a de contraparte central (CCP), responsável por garantir a liquidez e a compensação das negociações em alta escala, fundamental para atender o varejo. A expectativa é concluir o processo regulatório até 2027.
Atualmente, com as licenças existentes, a CSD pode atuar em transações bilaterais de grandes blocos de ações entre investidores institucionais, mas ainda não tem permissão para operar com milhares de ordens diárias de investidores pessoa física.
Diferença da nova infraestrutura
Em entrevista ao Monitor do Mercado, Edivar Queiroz afirmou que alguns dos diferenciais da plataforma da CSD são: contar com um sistema próprio, processamento em streaming e integração por API, reduzindo o prazo de liquidação de 24 horas para 15 minutos.
A empresa promete custos mais baixos e abertura de espaço para corretoras independentes, custodiantes e pequenos escritórios.
A companhia também já opera swaps personalizados — contratos que permitem troca de fluxos financeiros entre investidores — movimentando mais de R$ 200 bilhões. Outro diferencial é a defesa da interoperabilidade entre depositárias, que facilitaria o acesso direto a ativos internacionais, eliminando instrumentos como BDRs e ADRs.
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Regulação e apoio do mercado
A entrada efetiva de uma nova Bolsa depende de autorização do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além do engajamento de corretoras, gestoras, bancos e investidores institucionais.
“Essa rodada também tem um aspecto de smart money, já que estamos atraindo sócios com muito conhecimento de mercado financeiro e que vão poder nos ajudar nesse processo”, disse o executivo.
Confira a entrevista ao Monitor na íntegra: