O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, retornou ao patamar dos 138 mil pontos (138.025) nesta segunda-feira (25) e mesmo encerrando o pregão em leve alta de 0,04%, atingiu o maior nível de fechamento desde 8 de julho.
O movimento foi impulsionado pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC), que revelou uma melhora contínua das projeções para a inflação, influenciando na queda das taxas de juros futuros de médio e longo prazo.
As declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, durante o simpósio de Jackson Hole na última sexta-feira, sobre a possibilidade de corte dos juros dos Estados Unidos na próxima reunião do Fomc em setembro ainda repercutiram o mercado.
Entre as principais ações do Ibovespa, o desempenho foi fraco, com Vale em alta de 0,24% e Petrobras com ganhos de 0,12% (ON) e 0,59% (PN). No setor financeiro, as ações encerraram a sessão em terreno negativo, com destaque para Banco do Brasil (ON) que fechou em queda de 2,20% e Itaú (PN) de 0,51%.
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O mercado internacional abriu em queda na manhã desta terça-feira (26), refletindo a preocupação com a interferência de Donald Trump no Federal Reserve (Fed), após o presidente anunciar na noite desta segunda-feira em sua rede Truth Social que haveria demitido a diretora do Fed, Lisa Cook, com acusações de fraude hipotecária.
Em comunicado, a economista disse que seguirá trabalhando normalmente, uma vez que Trump não tem autoridade para demiti-la.
Seu advogado, Abbe Lowell, disse que as exigências de Trump carecem de processo adequado, fundamento ou autoridade legal e que irá tomar todas as medidas necessárias par impedir a tentativa de ação ilegal de Trump.
Em reação, o dólar, o rendimento do Tesouro de 2 anos e os futuros do S&P 500 passaram a cair ontem à noite. Nesta manhã, os índices futuros operam em queda e os índices da Ásia encerraram a sessão também no negativo, em meio a preocupações com a autonomia do Fed.
No Brasil, a divulgação do IPCA-15 é o destaque do dia, após o Boletim Focus mostrar nova queda das projeções para a inflação deste ano e recuo das expectativas para 2026 e 2027, que aumentaram as apostas em redução antecipada da taxa básica de juros, a Selic.
Na agenda política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza a segunda reunião ministerial do ano e anuncia a linha de crédito para a indústria.
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Manchetes desta manhã
- Distribuição de dividendos pelas empresas diminuiu no semestre (Valor)
- Oposição e Centrão articulam aprovar isenção do IR sem taxação de fortunas (O Globo)
- Governo comprará açaí, pescado e castanha para mitigar tarifaço (Folha)
- Pressão da PF faz governo desistir de criar agência antimáfia (Estadão)
- EUA exigem isenção tarifária permanente para e-commerce (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operaram em forte queda com o agravamento da tensão política após o primeiro-ministro François Bayrou convocar um voto de confiança em 8 de setembro que pode derrubar o governo.
Serão discutidos planos para equilibrar as finanças públicas da França. Se perder o voto, o governo minoritário de Bayrou cairá.
Partidos de oposição, incluindo o de extrema direita Rally Nacional, França Indomável e os Verdes, prometeram votar contra Bayrou, deixando o governo vulnerável.
Na Ásia, os índices encerraram o pregão desta terça-feira em queda, refletindo a preocupação do mercado com a independência do Fed após o presidente dos EUa, Donald Trump, anunciar a demissão de Lisa Cook.
As bolsas reagiram acompanhando a tendência negativa de Wall Street. Na China, Xangai perdeu 0,39%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 1,18% e em Tóquio, o índice Nikkei 225 fechou em queda de 1,10%.
Em Nova York, os índices futuros recuam, também refletindo a preocupação do mercado com a demissão da diretora do Fed, Lisa Cook.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro -0,1%
•FTSE 100 -0,6%
•CAC 40 -1,5%
•Nikkei 225 -1%
•Hang Seng -1,2%
•Shanghai SE Comp. -0,4%
•MSCI World -0,2%
•MSCI EM -0,9%
•Bitcoin +0,7% a US$ 110349,94
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Commodities
- Petróleo: cede de olho no conflito Rússia-Ucrânia e após atingir máxima de quase três semanas. O Brent/out cai 1,53%, cotado a US$ 67,75 e o WTI/out cede 1,67%, a US$ 63,72.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,70% em Dalian, na China, cotado a US$ 108,45/ton. Em Singapura, os contratos futuros caem 1,02%, cotados a US$ 102,20/ton e o mercado à vista recua 0,25%, cotado a US$ 101,75/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, em meio à tensão de grandes proporções após Trump anunciar a demissão da diretora do Fed, Lisa Cook, o presidente do banco de Richmond, Tom Barkin, discursa em evento.
Entre os indicadores econômicos, destaque para a divulgação dos dados de encomendas de bens duráveis de julho e a confiança do consumidor de agosto nos Estados Unidos.
No campo tarifário, Trump disse que os EUA aumentarão tarifas e imporão restrições à exportação a países que tributam ou regulam empresas de tecnologia americanas. O presidente também ameaçou impor tarifa de 200% sobre produtos chineses caso Pequim não amplie as exportações de ímãs de terras raras para os Estados Unidos.
Em geopolítica, negociadores de alto escalão do Irã e autoridades europeias devem se reunir em Genebra nesta terça-feira para discutir sobre a retomada das inspeções nucleares como condição para manter a suspensão das sanções.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda econômica destaca a divulgação do IPCA-15 de agosto, considerado uma prévia da inflação oficial. Também foram divulgados o INCC-M, com alta de 0,70% em agosto e taxa acumulada de 7,49% em 12 meses.
No cenário político e comercial, repercute a notícia de que a Advocacia Geral da União (AGU) está finalizando a contratação de um escritório de advocacia nos Estados Unidos para contestar sanções de Trump, incluindo tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
No âmbito doméstico, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, anunciou uma linha de crédito de R$ 12 bilhões para a indústria brasileira, como parte das ações do programa “Indústria 4.0” que, na prática, devem permitir que as companhias acessem R$ 10 bilhões via BNDES e outros R$ 2 bilhões a serem ofertados por meio da Finep.
Entre os compromissos do dia, Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam às 9h do Congresso Aço Brasil 2025. No fim do dia, às 17h, Haddad participa de um evento da Fiesp sobre a relação entre Brasil e Estados Unidos.
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Destaques no mercado corporativo
- Lojas Americanas: elegeu Fernando Dias Soares como novo CEO da companhia.
- Itaúsa: aprovou a oitava emissão de debêntures, no montante de R$ 1 bilhão.
- Eneva: ações subiram 4,61% com perspectiva de leilão de capacidade em 2026.
- Merck, Amgen, Pfizer, Moderna, Eli Lilly: caíram em NY após fala de Trump sobre tarifas em medicamentos.
- Oncoclínicas: confirmou venda do Hospital Marcos Moraes (RJ) para Hapvida por R$ 5,3 milhões.