O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, perdeu o patamar dos 138 mil pontos e encerrou o pregão desta terça-feira (26) em queda de 0,18%, aos 137.771,39 pontos.
O desempenho do Ibovespa, assim como de outros índices globais, foi impactado pela escalada das tensões políticas nos Estados Unidos após o presidente Donald Trump demitir a diretora do Federal Reserve (Fed), Lisa Cook, sob acusação de fraude hipotecária.
A divulgação do IPCA-15 de agosto, considerada prévia da inflação oficial, também impactou o índice. Os números indicaram deflação menor que o esperado, reduzindo assim as expectativas de antecipação do ciclo de cortes dos juros.
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No mercado internacional, em dia de agenda esvaziada, o destaque desta quarta-feira (27) é o balanço da Nvidia, esperado para após o fechamento do mercado.
Nos Estados Unidos, repercutem os riscos da interferência de Donald Trump no Fed e seus impactos para o mercado. A demissão da diretora da autarquia e a pressão sob o presidente, Jerome Powell, para iniciar o ciclo de corte de juros tem influenciado o desempenho dos principais índices globais, do dólar e os juros de longo prazo.
No Brasil, os dados do Caged após o IPCA-15 de agosto com deflação abaixo do esperado deve ajudar a direcionar as apostas para os próximos ajustes da taxa básica de juros, a Selic.
Na esfera política, o governo tenta impedir a aprovação do projeto para isenção do Imposto de Renda sem que tenham medidas compensatórias, em meio à pressão de cumprir o orçamento.
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Manchetes desta manhã
- Interferência de Trump no Fed afeta dólar e eleva juros de longo prazo (Valor)
- Bolsonaro mandou Cid distribuir remédios de uso proibido no Brasil durante a pandemia; ouça áudios (Estadão)
- Filhos de Bolsonaro intensificam críticas a aliados após gestos do centrão por Tarcísio candidato (Folha)
- Conta do IR será maior para 0,1%; saiba como a isenção de até R$ 5 mil mexe no bolso (O Globo)
- PF deflagra operação contra fraudes em precatórios na Caixa (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam mistas em meio à instabilidade política na França e à espera dos resultados da Nvidia, que devem definir o tom do mercado europeu no curto prazo.
Na França, o primeiro-ministro François Bayrou pode encurtar seu breve período como líder de um governo minoritário. Se Bayrou cair, Macron poderá dissolver o parlamento e realizar novas eleições legislativas ou instalar um novo governo,
Na Ásia, os índices encerraram o pregão desta quarta-feira com algumas praças importantes em queda forte. Xangai caiu 1,76% e Shenzhen 1,43%, na China, marcando posições negativas com a forte venda de ações de empresas do setor imobiliário e do setor farmacêutico.
Em Taiwan, o Taiex ficou em alta de 0,88% após declarações oficiais de que as tarifas dos EUA sobre exportações de chips não deverão ter grande impacto.
Em Nova York, índices futuros operam perto da estabilidade nesta quarta-feira (27), com as expectativas voltadas para os resultados da Nvidia.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro +0,1%
•FTSE 100 estável
•CAC 40 +0,4%
•Nikkei 225 +0,3%
•Hang Seng -1,3%
•Shanghai SE Comp. -1,8%
•MSCI World -0,1%
•MSCI EM -0,5%
•Bitcoin -0,2% a US$ 111101,94
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Commodities
- Petróleo: se estabiliza, após cair ontem, enquanto os investidores observam novos acontecimentos na guerra na Ucrânia e avaliam um relatório do setor que mostrou uma queda nos estoques de petróleo bruto dos EUA. O WTI/out cai 0,13%, a US$ 63,17 e o Brent/out recua 0,15%, a US$ 67,12.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,64% em Dalian, na China, cotado a US$ 108,28/ton. Em Singapura, os contratos futuros sobem 0,05%, cotados a US$ 102,45/ton e o mercado à vista cede 0,05%, cotado a US$ 101,75/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, o Departamento do Comércio anunciou nesta terça-feira a aplicação de tarifas antidumping e compensatórias contra 10 países, após investigações sobre produtos de aço resistente à corrosão. As decisões abrangem US$ 2,9 bilhões em importações de parceiros comerciais, incluindo Brasil, Canadá e México.
Ainda no campo comercial, começa a valer nesta quarta-feira a tarifa de 50% sobre produtos importados da Índia. Com a agenda econômica mais esvaziada, os investidores acompanham o discurso do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin.
Segundo o jornal “The Wall Street Journal”, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que deseja agir rapidamente para anunciar um indicado para a vaga de Lisa Cook na diretoria do Fed.
Cenário nacional
No Brasil, o mercado repercute o resultado do IPCA-15 que vem intensificando a aversão a risco. O índice recuou 0,14% em agosto ante projeções de queda de 0,21%.
Também com agenda esvaziada, o cenário doméstico tem como destaque, além dos dados do Caged, a divulgação do Relatório Mensal da Dívida.
Entre os compromissos do dia, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, concede palestra em evento da Fenabrave e participa de audiência com representantes do Banco BlueBank. Os investidores também devem acompanhar a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao portal de notícias UOL.
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Destaques no mercado corporativo
- Companhia Brasileira de Alúminio (CBA): as ações subiram mais de 6,6% em meio a uma possível negociação do controle da companhia.
- Azzas: adiou o início do novo Diretor-Financeiro, Eric Alencar.
- B3: anunciou a aquisição da empresa de pagamentos digitais Shipay, por R$ 37 milhões.
- JBS: Passará a integrar o índice FTSE US (FTSE Russell), reforçando presença internacional. Desde a listagem na Nyse (12/06), ações subiram 15%, atingindo máxima histórica de US$ 15,99.
- CSN: o Citi reduziu preço-alvo de R$ 9 para R$ 7, citando alta alavancagem e fluxo de caixa negativo. Para CSN Mineração, preço-alvo definido em R$ 5.
- Ecorodovias: Assinou termo aditivo para otimização de concessão da Ecovias 101 (ES–BA), válida por 24 anos.