O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, renovou seu recorde de fechamento nesta quarta-feira (24), encerrando o pregão em leve alta de 0,05%, aos 146.491,75 pontos.
Em sessão de agenda esvaziada e sem força para obter altas significativas, o otimismo sobre a aproximação repentina entre o presidente Lula e Donald Trump e uma reunião no radar ajudaram a manter o Ibovespa nos 146 mil pontos.
Entre as ações de maior destaque, as blue chips evitaram uma correção mais intensa após recordes sucessivos do Ibovespa, com destaque para Petrobras, que fechou em alta de 2,55% (ON) e 2,26% (PN), acompanhando o avanço de mais de 2% petróleo. Já a Vale encerrou a sessão em alta de 0,38%.
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No mercado internacional, a agenda desta quinta-feira (25) tem como destaque os discursos de sete dirigentes do Federal Reserve (Fed), que acompanham o presidente Jerome Powell em suas preocupações sobre a inflação.
Os investidores também acompanham a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e os pedidos de auxílio-desemprego, em meio às crescentes preocupações com o enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA.
No Brasil, destaque para a divulgação do Relatório de Política Monetária, que será comentado por Galípolo e Guillen em entrevista às 11h.
O mercado também aguarda a divulgação do IPCA-15 de setembro, com estimativa dos analistas de alta de 0,51%, após registrar uma deflação de 0,14% no mês anterior.
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Manchetes desta manhã
- Após comissão do Senado rejeitar proposta, Alcolumbre arquiva a ‘PEC da Blindagem’ (Valor)
- Ministério Público e PM fazem operação sobre envolvimento do PCC no ramo de combustíveis e em jogos de azar (Folha)
- Empresas pedem teto de preço de R$ 650 mil para Minha Casa Minha Vida da classe média (Estadão)
- Cardápio de opções para negociar com Trump vai de data centers a investimento da Embraer (O Globo)
- Assaí processa o Casino e pede bloqueio de todas as ações no GPA (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa caem antes de dados americanos que podem influenciar as perspectivas da política monetária do Fed.
Wall Street fechou em baixa na sessão anterior, com queda liderada pelas techs após discurso de Jerome Powell reforçar incertezas sobre juros e riscos econômicos. Investidores agora aguardam o PIB do 2º trimestre, falas de dirigentes do Fed e o PCE, que será divulgado amanhã.
No setor corporativo, a H&M (+8,65%) relatou um aumento maior do que o esperado no lucro e a Birkenstock (+4,87%) anunciou que espera receita de pelo menos 2,09 bilhões de libras em 2025.
Na Ásia, os índices encerraram o pregão desta quinta-feira com desempenho misto, com ações de tecnologia ligadas à inteligência artificial e chips ainda em destaque.
Na praça de Xangai o índice ficou estável, enquanto a bolsa de Shenzhen encerrou a sessão em alta de 0,67%.
Já em Hong Kong, o índice Hang Seng ficou negativo em 0,13% enquanto que no Japão, o Nikkei terminou em alta de 0,28%.
Em Nova York, os índices futuros têm desempenho misto após duas quedas seguidas, enquanto os investidores aguardam os dados de pedidos de auxílio-desemprego, em meio às crescentes preocupações com o enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA.
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro -0,1%
•FTSE 100 -0,3%
•CAC 40 -0,5%
•Nikkei 225 +0,3%
•Hang Seng -0,1%
•Shanghai SE Comp. estável
•MSCI World estável
•MSCI EM -0,5%
•Bitcoin -1,6% a US$ 111791,13
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Commodities
- Petróleo: recua após duas sessões em alta, em movimento de realização de lucros e diante da expectativa de menor demanda no inverno. O mercado também reage ao aumento da oferta, com a retomada dos embarques do Curdistão e mais barris previstos do Iraque.
Esse cenário amplia os receios de excesso de suprimento, pressionando os preços, que vinham operando próximos da máxima das últimas sete semanas.
O Brent/nov recua 0,55%, cotado a US$ 68,93 e o WTI/nov cede 0,66%, a US$ 64,56 - Minério de ferro: fechou em alta de 0,25% em Dalian, na China, cotado a US$ 113,08/ton. Em Singapura, os contratos futuros caem 0,19%, cotados a US$ 105,95/ton e o mercado à vista recua 0,14%, cotado a US$ 105,55/ton.
Cenário internacional acompanha discursos do Fed
Nos EUA, o mercado acompanha os discursos sobre política monetária de sete dirigentes do Federal Reserve (Fed).
Nesta quarta-feira, Mary Daly, do Fed de São Francisco, disse que mais cortes de juros provavelmente serão necessários, mas que devem ser implementados com cautela.
Os investidores também seguem de olho na possibilidade de uma paralisação do governo dos Estados Unidos, devido ao impasse no Congresso sobre os projetos de lei que garantem o financiamento das agências federais para o novo ano fiscal. O prazo para evitar o “shutdown” termina no fim deste mês.
Na agenda política internacional, ontem o presidente da Argentina, Javier Milei, encontrou-se com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, para discutir sobre o plano econômico para resgatar o país.
Cenário nacional de olho no IPCA-15 de setembro
No Brasil, o destaque da agenda desta quinta-feira é o IPCA-15 de setembro, considerado uma prévia da inflação oficial, previsto para as 9h. A projeção do BTG Pactual é de alta de 0,54%, na comparação mensal.
Antes disso, o Banco Central (BC) divulga o Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre, documento que traz uma visão detalhada sobre juros, crédito e inflação. Às 11h, o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, comenta o relatório.
Ainda no cenário da Assembleia Geral da ONU, em evento ontem, o presidente Lula sinalizou que aceita levar a questão da exploração de minerais críticos e terras raras à mesa de negociação com Donald Trump, em encontro previsto para a semana que vem.
Lula também suavizou o tom em relação a Trump, afirmando que as decisões dos Estados Unidos em relação ao Brasil foram baseadas em informações erradas sobre o país.
Nesse contexto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que empresas brasileiras podem não resistir financeiramente sem a redução da sobretaxa imposta a produtos nacionais.
Entre os temas políticos em pauta, a Câmara aprovou um projeto de lei complementar que retira algumas despesas temporárias com saúde e educação do cálculo da meta fiscal e do piso constitucional.
De outro lado, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um projeto que reajusta a tabela do Imposto de Renda e prevê tributação sobre lucros e dividendos.
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Destaques no mercado corporativo
- Assaí: processou o grupo Casino e solicitou o bloqueio de todas as ações do GPA depois de ser notificado sobre responsabilidade por contingências fiscais.
- Movida: informou que vai emitir R$ 1 bilhão em debêntures.
- Motiva (ViaQuatro): teve contrato da linha 4-Amarela do metrô de SP prorrogado antecipadamente.
- Cyrela (CYRE3): pagará R$ 391,6 mi em dividendos no dia 2/10, equivalentes a R$ 1,0691 por ação ON.
- Rio Alto: a B3 aprovou pedido de listagem no segmento básico.
- Vibra Energia (VBBR3): fundos da Nova Futura passaram a deter 10,14% do capital da companhia.