O mercado de commodities agrícolas encerrou a quinta-feira (2) sob pressão, com o café registrando queda e a soja operando sem tendência definida.
A possibilidade de mudanças nas tarifas de importação dos Estados Unidos e a expectativa por novos estímulos ao setor agrícola impactaram diretamente as cotações no dia.
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A avaliação é de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, que aponta que a decisão do governo norte-americano sobre a taxação de produtos brasileiros pode alterar o comportamento do mercado, especialmente no caso do café. Confira a análise na íntegra:
Café recua com expectativa sobre tarifas
O café arábica fechou o dia em baixa, cerca de 1,09% abaixo do pregão anterior, pressionado pela expectativa de uma possível retirada da tarifa aplicada pelos Estados Unidos ao produto brasileiro.
Segundo Gioielli, caso a medida seja confirmada, a commodity pode sofrer uma forte correção nos preços antes de buscar um novo patamar de equilíbrio.
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O café robusta também encerrou o dia em queda, com suporte técnico em torno de US$ 4.114 por tonelada e resistência próxima dos US$ 4.300. O analista explica que, se a isenção tarifária for concretizada, ambos os tipos podem registrar ajustes relevantes no curto prazo.
Soja oscila com pacote de apoio e demanda chinesa
A soja segue com alta volatilidade e sem definição clara de tendência. O mercado repercute duas notícias que influenciam diretamente os preços: a intenção do presidente Donald Trump de lançar um pacote de apoio ao agricultor norte-americano e a necessidade da China de retomar compras dos Estados Unidos.
Esses dois fatores criam um cenário misto — de estímulo à produção e aumento de demanda — o que mantém a commodity oscilando entre movimentos de alta e baixa. A falta de tendência definida tem dificultado operações de curto prazo no mercado futuro.
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Milho e boi registram movimentos técnicos
No mercado de milho, o movimento de alta observado no pregão foi atribuído, em parte, à cobertura de posições vendidas — quando investidores recompram contratos que haviam vendido anteriormente para encerrar suas apostas na queda dos preços.
Mesmo com a alta pontual, o contrato não conseguiu superar a média móvel de 20 períodos, sinal técnico importante para a mudança de tendência.
O boi gordo tentou iniciar um movimento de recuperação no início de outubro, mas ainda opera abaixo de médias relevantes e precisa ganhar força para confirmar uma reversão no curto prazo. O volume de contratos negociados no pregão ficou em 2.640 no contrato novembro (BGIV) e 1.280 no contrato janeiro (BGIX).