Outubro é um mês que inspira cuidados redobrados. Veremos hoje, 05/10, que com o Dia das Crianças e o planejamento financeiro para o fim de ano, criminosos aproveitam esses temas para aplicar golpes direcionados a pessoas com 60 anos ou mais, explorando a boa-fé e os laços familiares para roubar dinheiro e dados.
Este guia definitivo detalha três golpes que estão em alta neste período e mostra como a família pode conversar sobre o assunto e criar uma rede de proteção eficaz para quem ama.
Como os 3 principais golpes de outubro funcionam

Os criminosos usam a engenharia social para criar histórias convincentes e urgentes. Eles se passam por parentes, funcionários de banco ou do governo para manipular suas vítimas.
1. O golpe do falso parente pedindo presente de Dia das Crianças
Nesta variação do golpe do “número novo”, um criminoso usa a foto de um neto ou filho no WhatsApp. Ele entra em contato com a vítima, diz que trocou de número e, aproveitando a proximidade do Dia das Crianças, inventa uma história sobre uma “promoção imperdível” de um presente e pede um PIX urgente para “não perder a oferta”.
A regra de ouro: sempre ligue para confirmar antes de transferir. Antes de fazer um PIX para um parente com número novo, ligue para o número de telefone antigo dele. Uma simples chamada de voz para confirmar a história desmascara a fraude.
2. O golpe do falso recadastramento do INSS
Golpistas entram em contato por WhatsApp, usando o logo do INSS, e alegam que um “recadastramento de fim de ano é obrigatório” para evitar o bloqueio do benefício. Eles então pedem o envio de fotos de documentos e uma selfie segurando o RG, dados que são usados para cometer fraudes de identidade, como a abertura de contas.
A regra de ouro: o INSS não pede recadastramento ou prova de vida por WhatsApp. A verificação é majoritariamente automática. Para checar qualquer pendência, use apenas o aplicativo oficial Meu INSS ou ligue para o telefone 135.
3. O golpe da falsa antecipação do 13º salário
Com a proximidade do pagamento do 13º, falsos gerentes de banco ligam para aposentados oferecendo uma “antecipação com taxas especiais”. Para “liberar a operação”, o golpista pede que a vítima confirme senhas, códigos de segurança ou faça uma “transferência de validação” via PIX, que na verdade é o próprio golpe.
A regra de ouro: bancos nunca ligam para pedir senhas ou realizar transações. Se receber uma oferta de crédito por telefone, desligue. A iniciativa de contratar qualquer serviço financeiro deve ser sempre sua, diretamente na agência ou nos canais oficiais.
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Meu familiar foi vítima, e agora? Como ajudar
- Acolha e aja rápido: a primeira atitude é oferecer apoio, sem julgamentos. Em seguida, ajude a vítima a contatar o banco imediatamente para bloquear contas e cartões e contestar transações (solicitando o MED para o PIX).
- Denuncie o crime: auxilie seu familiar a registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Polícia Civil. Sua ajuda é importante para organizar os fatos e reunir as provas.
- Monitore e previna: ajude a verificar o extrato de empréstimos no aplicativo Meu INSS e a monitorar as contas bancárias. Use a situação como uma oportunidade para, com calma, reforçar as dicas de segurança.
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Como proteger quem você ama: a prevenção é um ato de cuidado
A melhor proteção para os idosos é o diálogo familiar e a informação. Crie um ambiente de confiança onde eles se sintam à vontade para perguntar e contar sobre qualquer abordagem suspeita.
- Crie uma “palavra de segurança” em família para confirmar pedidos de dinheiro.
- Ajude a ativar a “verificação em duas etapas” no WhatsApp do seu familiar.
- Mostre como usar o aplicativo Meu INSS para bloquear o benefício para novos empréstimos.
- Reforce constantemente as regras de ouro: bancos não ligam, o INSS não chama no WhatsApp e pedidos de PIX de parentes devem ser confirmados por voz.
Este guia serve como um alerta educacional. Para mais dicas, consulte as cartilhas da FEBRABAN e do Procon. Lembre-se que, em caso de fraude, a atitude correta é sempre denunciar e, acima de tudo, amparar a vítima.