O mercado de delivery no Brasil movimentou R$ 1,11 bilhão em transações no primeiro trimestre de 2025, segundo estudo da Klavi, empresa de open finance e analytics. O levantamento confirma a forte concentração em torno do iFood, que deteve 92% de participação de mercado no período analisado.
A pesquisa aponta que o setor se consolidou como um dos pilares da economia digital brasileira, com novos hábitos de consumo e alto engajamento dos usuários. O monopólio entre as empresas de delivery, no entanto, tem sido combatido por organizações.
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Na última semana de setembro, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) protocolou uma acusação formal junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra o iFood.
A entidade acusa a plataforma de delivery de adotar práticas anticompetitivas para consolidar seu domínio no setor e expandi-lo para novos mercados, prejudicando restaurantes e consumidores.
Delivery já faz parte da rotina do brasileiro
Segundo o estudo, o consumidor brasileiro de delivery realizou, em média, 14,7 transações no trimestre — cerca de 4,9 pedidos por mês. O gasto médio mensal por pessoa foi de R$ 220, com ticket médio de R$ 45.
Para a Klavi, os dados mostram que o delivery deixou de ser um consumo esporádico e passou a fazer parte da rotina. Usuários desse tipo de serviço também são mais ativos em marketplaces, o que abre espaço para integração de plataformas e diversificação da jornada de consumo digital.
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“Cada pedido é uma oportunidade de ampliar a jornada do cliente. Integrar marketplaces, programas de fidelidade e serviços complementares transforma transações pontuais em receita recorrente”, afirmou Bruno Chan, CEO e cofundador da Klavi.
Pix cresce, mas débito ainda domina
Mesmo com o avanço do Pix como meio de pagamento no país, o cartão de débito ainda é o mais utilizado nos aplicativos de entrega.
Segundo Chan, isso ocorre porque a maioria dos consumidores não tem limite de crédito alto e encontra menos atritos na jornada de pagamento com o débito em comparação ao Pix “Copia e Cola”.
“O cartão de débito segue muito relevante na vida do brasileiro. A experiência do Pix ainda não é a ideal, mas tende a melhorar com inovações como o Pix via Open Finance e o Pix Biometria”, explicou o executivo.
Novos concorrentes para o iFood
Apesar do domínio do iFood, o setor deve passar por mudanças estruturais com a chegada de novos players, como a Keeta e o retorno da 99Food, além dos investimentos recentes do Rappi.
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De acordo com Chan, a entrada de competidores internacionais deve aumentar a concorrência, impulsionar a inovação tecnológica e melhorar preços e serviços para consumidores e restaurantes.
“O delivery no Brasil já provou ser um mercado bilionário. O verdadeiro teste agora é diversificar sem perder escala. A inovação em logística e pagamentos vai definir quem cresce de forma sustentável e quem fica para trás”, disse Chan.
A Klavi destaca que há potencial de crescimento fora dos grandes centros urbanos, onde a penetração dos aplicativos ainda é baixa.
A expansão regional, no entanto, depende da redução de custos logísticos e de parcerias locais para garantir sustentabilidade aos restaurantes.
Com a concentração de mercado nas mãos de um único player, o setor pode ver impactos diretos nos preços, nas formas de pagamento e no ritmo de inovação. A chegada de novos competidores deve redefinir o equilíbrio da economia digital brasileira nos próximos anos.