Por Rodrigo Luz*
Desde cedo, aprendemos a associar sucesso e felicidade à conquista de bens materiais. O “ter” parece ser o passaporte para o “ser”. Mas, cada vez mais, a ciência mostra que essa equação não se sustenta.
Pesquisas de Daniel Kahneman e Angus Deaton, da Universidade de Princeton (2010), revelaram que a renda influencia o bem-estar apenas até certo ponto, cerca de US$ 75 mil anuais. A partir daí, o dinheiro deixa de impactar significativamente a felicidade. O conforto aumenta, mas o sentido da vida não necessariamente acompanha.
Segundo Matthew Killingsworth (Universidade da Pensilvânia, 2021), o que realmente sustenta a felicidade duradoura é viver experiências com propósito, cultivar vínculos autênticos e estar presente no momento. E é nesse ponto que a ciência tem se aprofundado: como viver com mais presença e significado?
Estudos sobre mindfulness (Kabat-Zinn, 2003; Brown & Ryan, 2003) mostram que a prática da atenção plena (estar consciente e intencionalmente atento ao agora) reduz sintomas de ansiedade e depressão, aumenta a satisfação com a vida e fortalece a sensação de conexão com o próprio corpo e com os outros.
Já a pesquisa de Martin Seligman, pai da Psicologia Positiva, aponta que o sentido de vida está ligado à percepção de que nossas ações contribuem para algo maior que nós mesmos, seja uma causa, um propósito pessoal ou a construção de relações significativas.
Em outras palavras, a felicidade não nasce do que conquistamos, mas do quanto estamos presentes para viver o que conquistamos. Ela floresce quando transformamos rotina em presença, metas em propósito e conexões em vínculos genuínos.
Porque prosperar não é ter mais: é viver mais conscientemente, com propósito, significado e amor pelo caminho que se percorre.
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*Rodrigo Luz é Diretor Nacional de Expansão da Wiser Investimentos | BTG Pactual.









