As bolsas dos EUA fecharam esta quarta-feira (22) em queda, pressionadas pela piora no sentimento de risco global. O movimento foi influenciado pela retomada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e por balanços corporativos abaixo do esperado.
Após um início de sessão próximo da estabilidade, os índices passaram a cair com força depois de uma reportagem da agência Reuters apontar que o governo dos EUA estuda impor novas restrições a exportações de softwares para a China.
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O representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), Jamieson Greer, afirmou que o encontro entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping continua previsto, apesar de declarações recentes de Trump colocarem a reunião em dúvida.
Em meio à incerteza, o índice VIX, conhecido como o “termômetro do medo” por medir a volatilidade esperada do mercado, subiu 4,19%, atingindo 18,62 pontos.
Confira o desempenho dos principais índices:
- Dow Jones cai 0,71% (46.590,41 pontos);
- S&P 500 recua 0,53% (6.699,40 pontos);
- Nasdaq fecha em queda de 0,93% (22.740,40 pontos).
Balanços pressionam mercado de ações
Investidores também reagiram a lucros abaixo das expectativas nos EUA divulgados na terça-feira (21) por grandes companhias. As ações da Netflix recuaram 10,07% e as da Texas Instruments, 5,60%, após resultados considerados fracos.
As ações da Tesla — que divulga seu balanço hoje — caíram 0,82%, acompanhando o movimento negativo do mercado. A montadora será a primeira entre as chamadas “Sete Magníficas” (grupo das sete big techs americanas) a apresentar resultados neste trimestre. Em 2025, os papéis da empresa sobem 6,9%, abaixo do desempenho do S&P 500.
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Entre outras companhias que divulgaram resultados, a Mattel caiu 2,76% após lucro e receita do terceiro trimestre ficarem aquém das projeções. A AT&T recuou 1,94%, mesmo com números em linha com as estimativas.
Na contramão do mercado, Winnebago Industries avançou 28,53% após registrar lucro no quarto trimestre e reverter prejuízo anterior. A Intuitive Surgical subiu 13,89% ao superar as previsões de lucro.