O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quinta-feira (23) em alta de 0,59%, aos 145.720,98 pontos — maior nível de fechamento desde 30 de setembro. O movimento foi impulsionado pela alta superior a 5% do petróleo, após novas sanções dos EUA e da União Europeia contra a Rússia.
As sanções ampliadas de EUA e UE à Rússia elevaram as cotações do petróleo Brent e WTI ao maior valor em duas semanas. Analistas destacam que as restrições podem reduzir a oferta global da commodity nos próximos anos.
Além disso, o anúncio de que Donald Trump se reunirá com Xi Jinping na próxima quinta-feira (30) trouxe novo fôlego aos mercados globais. A confirmação da Casa Branca fez o índice retomar a alta durante a tarde, após breve perda de ritmo.
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O volume financeiro da sessão, no entanto, ficou abaixo da média, somando R$ 19,14 bilhões, contra uma média diária de aproximadamente R$ 23 bilhões.
Mercado espera prévia da inflação (IPCA-15)
A sessão foi marcada por baixa liquidez e cautela dos investidores diante da divulgação do IPCA-15 de outubro, que sai nesta sexta-feira (24). Segundo o Projeções Broadcast, a prévia da inflação deve desacelerar para 0,24%, após alta de 0,48% em setembro.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que as expectativas de inflação seguem acima da meta, mas há um processo de desaceleração em curso, o que pode abrir espaço para futuras reduções de juros — fator que tende a estimular o mercado de ações.
Fiscal segue como obstáculo ao fluxo estrangeiro
A questão fiscal continua sendo apontada como um dos principais entraves para atrair investimento estrangeiro. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, afirmou que deve apresentar seu relatório na próxima semana.
Além disso, a arrecadação federal somou R$ 216,7 bilhões em setembro, ligeiramente abaixo das projeções de mercado (R$ 217,4 bilhões).
Destaques do Ibovespa
Na esteira da valorização do petróleo, as ações da Petrobras subiram 0,72% (ON) e 1,14% (PN). A Vale caiu 0,19%. O setor bancário operou sem direção única, mas os papéis do Bradesco (ON +1,07%; PN +0,85%) se destacaram.
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Entre as maiores altas do dia ficaram Azzas (+5,55%), Braskem (+5,50%) e Weg (+3,55%). Já Magazine Luiza (-5,64%), MBRF (-2,86%) e Fleury (-1,73%) lideraram as perdas.
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