A economia na construção de uma casa é uma busca constante, e o cimento sempre figura como um dos maiores custos. Contudo, uma tecnologia moderna chamada argamassa polimérica permite substituir o cimento em uma de suas principais funções, tornando a obra mais barata, rápida e limpa.
O que é a argamassa polimérica e quais seus limites de uso?
É vital entender que ela não é um substituto universal para vigas ou lajes. Trata-se de um adesivo específico para o assentamento de tijolos e blocos. Com o aval do engenheiro, seu uso correto pode gerar uma economia surpreendente na etapa de alvenaria.
A argamassa polimérica é uma massa adesiva vendida pronta para uso, que dispensa a mistura de cimento, cal e areia. Sua função é unir os tijolos ou blocos na construção de paredes de forma rápida e limpa.
Seu uso, no entanto, é restrito e não pode ser banalizado. A tecnologia é aprovada (ABNT NBR 16590) apenas para:
- Alvenaria de Vedação: Paredes internas ou externas que servem apenas para fechar e dividir ambientes.
- Restrições: É proibido o uso em fundações, vigas, lajes, pilares ou para reboco (chapisco).

Como a economia é real se o produto parece mais caro?
Embora o preço da bisnaga de argamassa polimérica assuste na prateleira, a economia real é drástica. O segredo está no cálculo final, que envolve rendimento, desperdício zero e a produtividade da mão de obra, fatores muito mais impactantes que o custo unitário.
Para erguer 2m² de parede, por exemplo, você troca 60kg da mistura tradicional por apenas 3kg do produto pronto. Isso também elimina o desperdício de material, que no método convencional pode chegar a 20% do que foi comprado.
Qual o verdadeiro impacto da produtividade no custo da mão de obra?
Aqui está o maior ganho financeiro da argamassa polimérica. Como o produto vem pronto para uso e é aplicado rapidamente com uma bisnaga, a velocidade de construção das paredes aumenta de forma impressionante, tornando o pedreiro até 3 vezes mais produtivo.
Isso reduz o tempo total para levantar a alvenaria em mais de 50%. Considerando que a mão de obra é um dos custos mais pesados de uma construção, essa aceleração gera uma economia direta e muito expressiva no seu orçamento final.
Em uma casa de 100 m², qual é a economia real em reais?
Vamos usar um exemplo prático para visualizar a economia. Uma casa de 100m² possui, em média, 200m² de paredes. Com a argamassa convencional (material + mão de obra), o custo para levantar essa alvenaria ficaria em torno de R$ 9.000,00.
Utilizando a argamassa polimérica, o custo total para os mesmos 200m² de parede cai para aproximadamente R$ 6.000,00. Isso significa uma economia de R$ 3.000,00, uma redução de mais de 30% apenas nesta etapa da obra.

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Que outros custos indiretos a argamassa polimérica consegue eliminar?
A economia vai além do material e da mão de obra direta. Ao usar a argamassa polimérica, você corta uma série de custos indiretos que pesam no orçamento, tornando o canteiro de obras muito mais eficiente e limpo.
Você elimina a necessidade de:
- Aluguel de Betoneira: Economizando no aluguel do equipamento e na conta de energia elétrica.
- Estoque Volumoso: Libera espaço que seria usado para guardar sacos de cimento e pilhas de areia, reduzindo perdas.
- Tempo de Preparo: O tempo que o pedreiro gastaria misturando o cimento é convertido em produção.
A argamassa polimérica é segura e aprovada para uso no Brasil?
Sim, desde que usada corretamente para alvenaria de vedação e conforme as especificações do fabricante, a tecnologia é totalmente segura. Sua durabilidade e resistência são garantidas pela norma ABNT NBR 16590, que comprova sua qualidade.
É fundamental que o uso da argamassa polimérica esteja previsto no projeto da casa. O engenheiro ou arquiteto responsável pela obra deve aprovar e orientar a aplicação, garantindo a segurança e a qualidade final da construção.





