O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão desta segunda-feira (3) em alta de 0,61%, acima dos 150 mil pontos (150.454), pela primeira vez na história. O índice também alcançou a marca do sexto recorde de fechamento consecutivo.
A alta foi impulsionada pela expectativa de que o Copom indique um corte na taxa Selic e também pelo Boletim Focus, que revisou as projeções de inflação para baixo, além da temporada de resultados corporativos que impulsionou as ações.
Em destaque no Ibovespa, a Petrobras fechou em alta de 1,18% (PN), com a expectativa de resultados fortes e com a valorização do petróleo no exterior; e a Vale registrou leve alta de 0,14%.
No setor financeiro, o maior desempenho foi de Itaú (PN), que obteve ganhos de 1,67%, enquanto Minerva (+2,79%) registrou a maior alta do dia e Marcopolo (-8,11%) liderou as perdas da sessão.
Já o dólar, encerrou o dia com uma desvalorização de 0,43% ante o real, sendo negociado a R$ 5,36 com impulso das commodities e o fluxo estrangeiro para a Bolsa.
- Muita gente vai pagar imposto a mais por falta de informação. Na quarta-feira (5), às 19h, o Monitor do Mercado explica o que fazer com a nova tributação de dividendos. Assista grátis no YouTube!
No mercado internacional, um clima de cautela toma conta dos índices globais nesta terça-feira (4), com os futuros em Nova York caindo mais de 1% após fecharem em alta na véspera, impulsionados pelo otimismo persistente em relação ao setor de inteligência artificial.
Em uma conferência em Hong Kong, executivos como Ted Pick, CEO do Morgan Stanley, alertaram que a recente sequência de altas deixou as ações mais suscetíveis a uma correção.
Com a agenda internacional esvaziada de indicadores relevantes diante da prolongada paralisação do governo norte-americano (shutdown), o discurso de Michelle Bowman, integrante do conselho do Federal Reserve (Fed) é destaque pela manhã.
No Brasil, enquanto o mercado mede as expectativas para a divulgação da decisão de política monetária pelo Copom nesta quarta-feira (5), o foco se mantém no cenário fiscal.
Hoje o Senado deve votar a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês, no entanto, com medidas de compensação à perda de arrecadação.
O senador Renan Calheiros, relator do projeto, apresentou na noite desta segunda-feira seu parecer, com apenas ajustes de redação, para que não tenha que retornar à Câmara e seja sancionado, com publicação no Diário Oficial até 31/12, e tenha efeito a partir de 1º de janeiro de 2026.
Para contornar o impasse com a Fazenda sobre a falta de neutralidade fiscal na reforma do IR, o senador propõe a aprovação conjunta de outro projeto de sua autoria, que eleva a tributação sobre bets, bancos e fintechs. A medida prevê arrecadação de R$ 4,98 bilhões em 2026, valor próximo ao impacto fiscal negativo de R$ 4 bilhões estimado pela consultoria do Senado.
- O novo imposto sobre dividendos pode mudar o bolso de quem investe e empreende. Nesta quarta (5), às 19h, especialistas explicam tudo na live do Monitor do Mercado. Ative o lembrete e participe!
Manchetes desta manhã
- BC endurece regras para fintechs; capital mínimo exigido de instituições aumenta (Valor)
- Castro diz ao STF que ação teve uso ‘proporcional da força’ no Rio (Folha)
- Morre Dick Cheney, ex-vice-presidente dos EUA e arquiteto da ‘guerra ao terror’, aos 84 anos (O Globo)
- Fraude no INSS: alvo da PF financiou 14 carros de luxo e movimentou R$ 175 milhões, diz Coaf (Estadão)
- Bancos recuperam 98% do total devido em empréstimos imobiliários (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam em baixa nesta manhã, diante de poucos indicadores na região e em dia marcado pela divulgação de balanços corporativos relevantes.
Na Ásia, os índices caíram em bloco devido a um movimento de vendas para realização de lucros, após a forte valorização das ações ligadas à inteligência artificial (IA).
Todas as praças ficaram no terreno negativo, com destaque a o índice Kospi, na Coreia do Sul, que perdeu 2,37%, enquanto na China, Xangai caiu 0,41% e Shenzhen perdeu 1,71%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou o dia em queda de 0,79% e Taiwan registrou queda de 0,77%. No Japão, o Nikkei 225 teve perda de 1,60% após feriado nacional na véspera.
Em Nova York, os índices futuros abriram a sessão desta terça-feira em queda depois de S&P 500 e Nasdaq fecharem o pregão anterior em alta, sustentados pelo contínuo otimismo em torno do setor de inteligência artificial.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -1,1%
• FTSE 100 -1,1%
• CAC 40 -1,6%
• Nikkei 225 -1,7%
• Hang Seng -0,8%
• Shanghai SE Comp. -0,4%
• MSCI World -0,3%
• MSCI EM -1,2%
• Bitcoin -2,9% a US$ 103737,88
- Lucro real, risco controlado e execução profissional — acesse agora e conheça o Copy Invest do Portal das Commodities.
Commodities
- Petróleo: contratos futuros recuam após a Opep+ anunciar aumento de produção em dezembro, seguido de uma pausa no 1º trimestre de 2026, indicando possível excesso de oferta.
O mercado também monitora riscos de interrupções na produção russa devido a ataques e sanções dos EUA.
O Brent/jan 26 cai 1,40%, negociado a US$ 63,98 e o WTI/dez 25 recua 1,54%, a US$ 60,11 - Minério de ferro: fechou em queda de 1,71% em Dalian, na China, cotado a US$ 108,87/ton.
Em Singapura, os contratos futuros caem 1,19%, cotados a US$ 103,55/ton e o mercado à vista cede 1,28%, cotado a US$ 104,10/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda esvaziada destaca o discurso de membros do Fed. Nesta segunda-feira, Lisa Cook descreveu a reunião de dezembro do Banco Central como “em andamento”.
Já Austan Goolsbee disse que a paralisação do governo deixou o Banco Central americano “com um olho tapado”, o que exige cautela em relação aos juros.
No campo das negociações comerciais e geopolítica, os EUA declararam que devem suspender a partir da próxima semana as taxas portuárias sobre embarcações chinesas.
No setor corporativo, destaque para o calendário de balanços, com resultados da Pfizer, Uber e Advanced Micro Devices.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda destaca a produção industrial de setembro, com queda de 0,4% frente ao registro de agosto. Em relação a setembro de 2024, na série sem ajuste, houve crescimento de 2%. Destaque também para o leilão de LFTs e NTN-Bs do Tesouro.
No campo da política monetária nacional, o Copom inicia o primeiro dia de reunião, com expectativa de manutenção da Selic em 15% ao ano em decisão que sai amanhã.
No cenário fiscal, além da votação na CAE do Senado sobre a isenção do IR, repercute a aprovação na Câmara do Projeto de Lei que permite ao governo ampliar gastos com defesa nacional em até R$ 3 bilhões. O texto agora segue para sanção presidencial.
Entre os compromissos do dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento em São Paulo a partir das 9h30.
No calendário de balanços, para hoje estão previstos Klabin, Grupo Pão de Açúcar (GPA), CSN, CSN Mineração, Iguatemi, Itaú, Prio, RD Saúde, Aura Minerals, C&A e Odontoprev.
- ⚡ A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
Destaques no mercado corporativo
- Cosan: captou R$ 9 bilhões em oferta de ações a R$ 5, com desconto relevante, reforçando caixa para expansão.
- TIM: registrou lucro de R$ 1,2 bi no 3º trimestre (+50% a/a), sustentado por crescimento em serviços e controle de custos.
- ISA Energia: antecipou em 5 meses a operação do Projeto Rio Grande, ampliando sua receita de transmissão regulada.
- XP: concluiu aquisição total da Augme, fortalecendo atuação no segmento de crédito estruturado.
- AgroGalaxy: Buscou captação de R$ 916,7 mi em debêntures para reestruturação, no contexto de recuperação judicial.









