O Grupo Pão de Açúcar (GPA) obteve um lucro líquido de R$ 133 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 311 milhões registrado um ano antes. O balanço divulgado nesta terça-feira (4) revela que a empresa teve um faturamento de R$ 4,55 bilhões, que corresponde à alta de 1,3% no ano.
Essa reviravolta nos números do GPA é atribuída ao reconhecimento de R$ 418 milhões em créditos tributários, num período em que a receita teve um crescimento modesto de 1,3%, para R$ 4,55 bilhões.
Às 11h05 (horário de Brasília) as ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) registravam leve alta de 0,79%, negociadas a R$ 3,82
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Créditos tributários impulsionam resultado do GPA
O lucro do terceiro trimestre foi impulsionado principalmente pelo reconhecimento de R$ 418 milhões em créditos tributários relacionados a prejuízos fiscais e bases negativas de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) acumuladas em exercícios anteriores.
Segundo o grupo, esse aumento decorre da mudança regulatória federal que ampliou a possibilidade de utilização desses créditos, inclusive como parte de pagamento de transações tributárias federais.
No terceiro trimestre de 2024, essa linha havia registrado ganhos de apenas R$ 7 milhões.
“A companhia aderiu, nos últimos anos, a programas dessa natureza, nos quais parte dos acordos foi liquidada mediante a utilização desses créditos”; “Vale ressaltar que entre 2024 e 2025, a companhia utilizou R$ 374 milhões desses créditos na quitação de transações tributárias federais”, informou o GPA.
“Embora o reconhecimento não gere impacto monetário imediato, ele se fundamenta em projeções de realização ao longo dos próximos 10 anos, considerando potenciais transações tributárias e a compensação de tributos sobre lucros futuros”, segundo a empresa.
Endividamento mantém atenção do mercado
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 412 milhões, valor que corresponde à alta de 3,4% em relação ao ano anterior. Já a margem ficou em 9,1%, representando um avanço de 0,2 ponto percentual.
O resultado financeiro registrou despesa de R$ 317 milhões, uma piora de 2% na comparação anual.
A dívida líquida mantém atenção do mercado ao encerrar o trimestre em R$ 2,68 bilhões, aumento de 32,6% em relação ao patamar de setembro de 2024.
A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) também aumentou, passando de 1,3 vez para 1,5 vez na mesma base comparativa.
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GPA prevê cortes e menor investimento em 2026
O GPA informou uma projeção de investimentos entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões em 2026, incluindo aquisições de bens do ativo imobilizado e aumentos do ativo intangível.
A estimativa segue o plano de eficiência aprovado pelo novo conselho de administração, que tem como objetivo reduzir custos, despesas e investimentos.
A companhia também prevê redução de despesas operacionais de ao menos R$ 415 milhões em 2026, especialmente relacionadas ao suporte às lojas e à estrutura administrativa.
Para comparação, nos 12 meses encerrados em setembro, os investimentos totalizaram R$ 693 milhões









