A busca por economia na construção leva a novas tecnologias que desafiam métodos tradicionais, como o uso do cimento para assentar tijolos. A argamassa polimérica surge como uma alternativa mais rápida e limpa, mas seu uso exige conhecimento técnico para garantir a segurança da obra.
O que é a argamassa polimérica e onde ela é proibida?
É uma massa adesiva pronta para uso, vendida em bisnagas ou baldes, que substitui a mistura de cimento, cal e areia. Ela é usada para unir tijolos e blocos, agilizando o levantamento das paredes ao eliminar a necessidade de preparo manual no canteiro.
O uso incorreto compromete toda a segurança da edificação. Por isso, é fundamental seguir as limitações do produto, que são bem claras:
- Permitido: Exclusivamente em alvenaria de vedação (paredes internas e externas que não sustentam peso).
- Proibido: Uso em função estrutural (vigas, pilares, lajes), fundações ou para fazer reboco.
No vídeo a seguir, o Youtuber Rangel Lage explica melhor sobre o uso da argamassa polimérica:
Como a produtividade reduz o custo final da obra?
Este é o maior trunfo da tecnologia, pois o produto já vem pronto para ser aplicado diretamente da bisnaga. Isso elimina todo o tempo gasto na preparação da argamassa convencional e na limpeza de equipamentos como a betoneira.
Um pedreiro experiente pode se tornar até três vezes mais produtivo com essa tecnologia. Isso significa que o tempo total para levantar as paredes pode ser reduzido em mais de 50%, gerando uma economia direta e significativa no custo da mão de obra.
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Quais outros custos indiretos essa tecnologia elimina?
A economia vai além da velocidade do pedreiro e do rendimento do material. Ao optar pela versão polimérica, o canteiro de obras se torna mais limpo e enxuto, o que reduz uma série de despesas logísticas e de equipamentos.
Com a eliminação da mistura tradicional de cimento e areia, sua obra não precisará dos seguintes itens:
- Aluguel ou compra de betoneira.
- Gasto de energia elétrica da betoneira.
- Grandes espaços de estoque para sacos de cimento e areia.
- Mão de obra para o transporte e preparo da mistura.

Essa tecnologia é realmente segura e normatizada no Brasil?
Sim, desde que usada estritamente para a finalidade de alvenaria de vedação e conforme as instruções do fabricante. A tecnologia é normatizada no Brasil pela ABNT NBR 16590, que estabelece todos os rigorosos critérios de qualidade, resistência e uso.
A segurança da sua casa depende da supervisão de um profissional. O engenheiro ou arquiteto responsável deve prever o uso do produto no projeto e emitir a devida ART/RRT (Anotação/Registro de Responsabilidade Técnica), conforme as diretrizes do CONFEA/CREA.
Qual a diferença de custo em um projeto real?
Apesar de o produto na bisnaga parecer mais caro que o saco de cimento, o rendimento é muito superior. Enquanto a argamassa convencional gasta cerca de 60kg para 2m² de parede, a polimérica faz o mesmo com apenas 3kg, e sem desperdício.
A tabela abaixo compara o custo total (material + mão de obra) para levantar uma média de 200m² de parede, o que equivale a uma casa de aproximadamente 100m²:
| Método Construtivo | Custo Médio Total (Material + Mão de Obra) | Economia Estimada |
| Argamassa Convencional | R$ 9.000,00 | Referência |
| Argamassa Polimérica | R$ 6.000,00 | Até 33% |









