O Bitcoin (BTC) voltou a operar abaixo de US$ 93 mil nesta segunda-feira (17), acompanhando o movimento de baixa de outras criptomoedas em meio à incerteza nos mercados dos Estados Unidos.
Após perder o suporte dos US$ 100 mil na última semana, a principal cripto do mercado opera no menor patamar desde o início de maio.
Por volta das 17h20, a moeda caía 2,88%, a US$ 91.619,06, enquanto o Ethereum (ETH) recuava 3,99%, negociado a US$ 2.980, segundo dados da plataforma Coinbase.
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Pressão após a perda dos US$ 100 mil
Analistas apontam que o rompimento da região dos US$ 100 mil ampliou a cautela dos investidores. Para Alan dos Santos, analista da PhiCube, a quebra desse patamar abre espaço para novas vendas, especialmente após repiques curtos. Ele avalia que o nível funcionava como um suporte técnico relevante.
Doug Busch, analista técnico sênior da Barron’s, afirma que o bitcoin perdeu força após ter recuado 9% na semana passada, seu pior desempenho desde fevereiro.
Segundo ele, a rejeição de movimentos de alta em agosto e outubro já indicava perda de ímpeto. A projeção de curto prazo do analista é de uma possível aproximação dos US$ 85 mil.
Movimentos corporativos e institucionais
A Strategy, maior tesouraria corporativa com exposição em bitcoin, comprou 8.178 unidades na última semana (entre 10 e 16 de novembro), ao preço de US$ 835,6 milhões (R$ 4,4 bilhões), ampliando sua posição durante a maré de baixa da cripto.
No mercado institucional, a Bolsa de Singapura (SGX) informou que vai lançar contratos perpétuos de bitcoin e ethereum. O produto aumenta a participação da Ásia no mercado global de derivativos de criptoativos.
Receita Federal adota padrão global de transparência
Nesta segunda, a Receita Federal anunciou que o Brasil passará a adotar o Crypto-Asset Reporting Framework (CARF), padrão internacional desenvolvido pela OCDE para troca automática de informações sobre transações com criptoativos. O país integra o grupo de mais de 70 jurisdições que assumiram o compromisso de padronização.
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A partir de julho de 2026, os dados serão enviados por meio da Declaração de Criptoativos (DeCripto), que substituirá o modelo atual. As regras de obrigatoriedade seguem inalteradas para exchanges brasileiras e para pessoas físicas ou jurídicas que movimentem acima de R$ 35 mil por mês sem intermediação local.
A principal mudança é a inclusão das exchanges estrangeiras que atuam no Brasil. Transações feitas por meio dessas plataformas também serão reportadas ao Fisco, conforme determina a Lei 14.754/2023.









