A busca por eficiência na construção civil trouxe alternativas modernas ao cimento tradicional que prometem obras mais rápidas e limpas. No entanto, substituir a argamassa convencional exige conhecimento técnico para garantir a economia sem comprometer a estabilidade estrutural da edificação.
O que é a argamassa polimérica e onde ela é proibida?
A argamassa polimérica é um composto químico de alta aderência, pronto para uso, que substitui a mistura de cimento, areia e cal no assentamento de tijolos. Sua aplicação é feita diretamente por bisnagas, eliminando a necessidade de preparo de massa no canteiro de obras.
É crucial entender que este material não possui função estrutural. Ele é estritamente proibido para uso em vigas, pilares, lajes ou fundações. Sua aplicação é segura e recomendada apenas para alvenaria de vedação, ou seja, paredes que servem apenas para dividir ambientes e não sustentam o peso da casa.
Como a produtividade impacta o custo da mão de obra?
O maior trunfo financeiro dessa tecnologia não está apenas no preço do material, mas na velocidade de execução. Como o produto vem pronto, um pedreiro experiente consegue ser até três vezes mais produtivo, reduzindo o tempo de levantamento das paredes pela metade.
Essa agilidade reduz drasticamente o custo de horas trabalhadas, que é uma das despesas mais pesadas da construção. Além disso, o rendimento é superior: apenas 3kg de massa polimérica substituem cerca de 60kg de argamassa convencional para cobrir a mesma área.

Quais custos indiretos são eliminados no canteiro?
A economia vai além da compra do material, refletindo na logística e na limpeza da obra. O uso da tecnologia polimérica elimina a necessidade de alugar equipamentos pesados e reduz o desperdício de insumos básicos que frequentemente sobram no chão.
Ao optar por esse sistema construtivo, você corta da sua lista de despesas os seguintes itens que encarecem o orçamento tradicional:
- Aluguel de betoneira e consumo de energia elétrica.
- Frete e armazenamento de grandes volumes de areia.
- Mão de obra auxiliar para preparo e transporte de massa.
- Caçambas extras para retirada de entulho gerado pelo desperdício.
No vídeo a seguir, o tiktoker Gilmar Lacerda, com mais de 200 mil seguidores, mostra um pouco do uso da argamassa polimérica:
@lacerdaconstrucao Argamassa polimérica. #engenharia #obra #arquitetura #pedreiro #engenheiro ♬ som original – Gilmar Lacerda
Essa tecnologia é segura e normatizada no Brasil?
Sim, a tecnologia é segura desde que respeite a norma ABNT NBR 16590, que define os requisitos de desempenho para argamassas poliméricas. A conformidade com a norma garante que a parede terá a resistência mecânica e a durabilidade esperadas.
Para garantir a segurança física da sua família, a utilização deste material deve ser prevista no projeto estrutural. É indispensável que um engenheiro civil registrado no CONFEA/CREA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) valide o uso e fiscalize a execução correta das fiadas.
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Qual é a economia real em uma casa de 100 metros?
Em um cenário prático de uma casa com 200m² de paredes (aprox. 100m² de área construída), a redução de custos é expressiva. A economia total, somando material e mão de obra, pode ultrapassar 30% do valor desta etapa da obra.
Veja na tabela abaixo uma estimativa comparativa de custos para entender o impacto no seu bolso:
| Método Construtivo | Custo Estimado (Material + Mão de Obra) | Economia Projetada |
| Argamassa Convencional | R$ 9.000,00 | — |
| Argamassa Polimérica | R$ 6.000,00 | R$ 3.000,00 (33%) |
Para validar se essa economia se aplica ao seu caso específico, consulte sempre um arquiteto vinculado ao CAU/BR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) para um planejamento detalhado.







