O varejo brasileiro registrou crescimento nominal de 2,6% no Natal de 2025 na comparação anual, segundo dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), revelados nesta segunda-feira (29).
O desempenho foi marcado por um consumidor mais cauteloso, que priorizou itens essenciais e ampliou o uso do canal digital, em detrimento das compras tradicionais de presentes.
De acordo com Carlos Alves, vice-presidente de Negócios da Cielo, o comportamento do consumidor refletiu maior racionalidade. “O consumidor adotou um comportamento mais racional, priorizando itens essenciais, o que levou à retração de setores presenteáveis tradicionais”, afirma.
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E-commerce avança dois dígitos no Natal
As vendas on-line cresceram 10,2% entre os dias 19 e 25 de dezembro de 2025, mesmo sobre uma base de comparação elevada. O resultado reforça a consolidação do digital como um pilar estrutural do varejo brasileiro.
No varejo físico, o avanço foi mais moderado, de 1,8%, ainda assim positivo. Segundo a Cielo, a migração para o ambiente digital ocorreu principalmente em compras recorrentes e de menor valor agregado.
Ticket médio e perfil do consumidor
Em média, o brasileiro gastou R$ 107,81 por compra no período natalino. Os homens responderam por 53,6% das transações totais, com maior concentração no varejo físico (54,0%).
As mulheres foram responsáveis por 52,5% das compras no e-commerce. Apesar de realizarem mais transações on-line, gastaram menos por compra. O ticket médio masculino foi de R$ 163,11, enquanto o feminino ficou em R$ 126,07.
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Crédito parcelado concentra faturamento
Os dados do ICVA mostram que o crédito parcelado, embora represente apenas 5,9% do volume de vendas, respondeu por 26,4% do faturamento total do varejo no Natal.
O ticket médio dessa modalidade alcançou R$ 484,51, bem acima das demais formas de pagamento. Já o Pix, que respondeu por 9,2% das vendas, apresentou o menor ticket médio, de R$ 71,60.
Presenteáveis recuam, essenciais avançam
O grupo de Presenteáveis registrou retração de 0,2%, pressionado pelas quedas em Vestuário (-0,4%), Móveis, Eletro e Departamentos (-1,1%) e Livrarias, Papelarias e Afins (-2,7%).
Em contrapartida, Cosméticos & Higiene cresceram 5,5%, enquanto Óticas & Joalherias avançaram 2,1%.
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Entre os setores não presenteáveis, Drogarias e Farmácias lideraram o crescimento, com alta de 10,3%. Na sequência vieram Veterinárias e Pet Shops (3,4%), Supermercados e Hipermercados (3,3%) e Autopeças e Serviços Automotivos (2,9%).
O desempenho do período foi sustentado principalmente pelo macrossetor de Bens Não Duráveis, que cresceu 4,0%. O setor de Serviços avançou 2,7%.
Já Bens Duráveis e Semiduráveis apresentaram leve retração de 0,3%, refletindo maior seletividade nas compras de maior valor.
No ambiente digital, os Bens Não Duráveis tiveram alta expressiva de 23,3%, enquanto Bens Duráveis e Semiduráveis no e-commerce recuaram 1,9%.
Sudeste lidera crescimento regional no Natal
Todas as regiões do país registraram crescimento no Natal de 2025. O Sudeste avançou 2,2%, com destaque para Minas Gerais, que teve alta de 4,2%.
O Nordeste cresceu 1,1%, impulsionado pelo Ceará (+4,0%). A região Sul registrou avanço de 1,6%, seguida pela Norte (+1,2%). O Centro-Oeste apresentou o menor crescimento, de 0,4%.
Os dados ainda não consideram a inflação do período, que será divulgada posteriormente pelo IBGE.





