Quem acompanha as notícias e o mercado financeiro com certeza já ouviu falar de Bitcoin e outras criptomoedas.
Os investimentos nos criptoativos com certeza já deram (e dão) dinheiro para muita gente. Mas há diversos riscos no investimento nesse setor, devido à alta volatilidade (preços subindo e descendo com constância) e à falta de regulamentação sobre essas transações.
Para tentar surfar na onda dos ativos digitais é preciso saber, primeiro, o que é uma criptomoeda. Criptomoedas não são ações, uma vez que seus valores não estão atrelados ao valor de uma empresa. Elas também não são moedas propriamente ditas, tendo em vista que não há um governo para intermediar sua produção e regular seu uso.
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As criptomoedas têm a mesma função do dinheiro em si, que é ser utilizada em transações comerciais, reserva de valor, para a preservação do poder de compra no futuro e como unidade de conta.
Mineração de ativos
Mas como são obtidos esses ativos? Através da mineração de códigos que os constituem. Os mineradores são as pessoas que registram as transações no blockchain, rede que funciona como registro de operações.
Os mineradores utilizam seus computadores (e energia elétrica) para processar e realizar esses registros e conferir as operações feitas com as moedas e em troca disso, serem remunerados com novas unidades delas.
Por exemplo, os Bitcoins são criados na medida que os milhares de computadores que formam essa rede resolvem problemas matemáticos que verificam a validade das transações incluídas no blockchain.
Algumas das principais criptomoedas são a Bitcoin, Etherium, Bitcoin Cash, Tether, Litecoin entre tantas outras. Existem também meios diferentes de obter criptomoedas, podendo comprá-las ou obtê-las por meio de trocas ou jogos como os games NFT.
Porém, é preciso ter muito cuidado na hora de investir em criptomoedas, por conta da volatilidade do mercado, tornando-o muito atrativo devido aos altos valores, mas também com riscos muito altos.
Para Guilherme Baumworcel, professor de Gestão Financeira do Ibmec-RJ, o investidor deve alocar uma quantidade de dinheiro que esteja disposto a perder. Ele comenta que as altcoins, as criptomoedas alternativas ao Bitcoin, podem sair “dos centavos aos milhares de dólares, e retornar aos centavos de novo”, e são investimentos de grau avançado, em matéria disponibilizada pela Forbes.
O caminho para investir
Existem meios diferentes de obter criptomoedas, podendo comprá-las de fundos de criptomoedas, comprando diretamente de outras pessoas, minerando, obtê-las por meio de trocas ou de jogos como os games NFT.
Há alguns meios para se comprar criptoativos. O primeiro deles é o peer-to-peer, que ocorre em plataformas específicas e um comprador entra em contato com o vendedor e ocorre a negociação.
Há também as exchanges (corretoras), que intermediam intermediar a negociação, conectando os investidores ao mundo das moedas digitais. Para que isso ocorra, é preciso abrir uma conta em um desses intermediários para realizar as compras.
As exchanges Binance, Mercado Bitcoin, NovaDAX e Foxbit são algumas das que oferecem negociação em reais. Os investimentos mínimos geralmente partem de R$ 50.
Há também os ETF (Exchange Traded Funds), que funciona como um fundo de investimento que é negociado na bolsa de valores como uma ação. O principal ETF de criptomoedas no Brasil é o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice ou HASH11.
Para guardar seus ativos em criptomoedas, é preciso ter uma carteira virtual, que pode ficar em um app, no computador, em sites ou até física, que é semelhante à um pen drive, que é mais segura por não estar conectada à internet. Também é possível deixar a carteira virtual ser controlada pela sua corretora.
*Imagens: Unsplash.com e Piqsels.com