Uma transação com Bitcoin gasta tanta energia que poderia alimentar uma casa média nos EUA por 61 dias — o equivalente a dois tanques de gasolina de um Celta.
A criptomoeda mais famosa do mundo tem a maior pegada de carbono de todo o mercado. De acordo com estudo recente do banco alemão Deutsche Bank.
Só a mineração dos Bitcoins já consome, a cada ano, cerca de 130,9 terawatt-hora — mais do que nossa vizinha Argentina.
Como funciona a mineração de Bitcoin?
Basicamente, minerar Bitcoin é colocar um computador para resolver problemas matemáticos criptografados. Caso ele seja o primeiro a conseguir, o minerador recebe um pedaço de um Bitcoin.
Devido ao sucesso da criptomoeda, que, nesta sexta-feira (10/12), está custando cerca de R$ 279 mil, mais pessoas são atraídas para essa mineração, inclusive quem não é necessariamente capacitado ou não tem máquinas capacitadas para resolução desses problemas de forma eficiente.
Por isso, o gasto energético e a pegada de carbono da criptomoeda aumentaram consideravelmente nos últimos anos.
A preocupante emissão de CO2 na mineração e nas transações de Bitcoin vem comovendo a comunidade internacional.
A China apertou as medidas proibicionistas sobre a mineração do país.
O Parlamento europeu também fez uma proposta que obriga empresas a divulgarem os dados da energia consumida por atividades relacionadas ao mercado de criptos.
No setor privado, foi criado o “Crypto Climate Accord” que, inspirado no Acordo de Paris, pretende deixar net-zero as emissões de carbono resultantes de operações de criptomoedas, ou seja, não emitir mais gases poluentes do que os que já estão no planeta, equilibrando as emissões até 2030.
Imagem: unsplash.com e divulgação