Nesta quarta-feira (5/5), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa básica de jutos da economia (Selic) em 0,75 ponto percentual (pp) para 3,5% ao ano, nesta quarta-feira (5), e a pergunta que fica é: como isso afeta o rendimento da poupança?
Com a alta, a caderneta de poupança vai começar a render um pouco mais, mas ainda assim vai perder para a inflação e, de acordo com os cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Adminsitrativas e Contabilidade (Anefac), a rentabilidade da caderneta começará a ser de 0,20% ao mês e 2,45% ao ano.
Em um exemplo prático, se a vencedora do Big Brother Brasil 2021, Juliette Freire (foto), colocasse todo o prêmio do BBB, de R$ 1,5 milhão, na poupança e sacasse o rendimento mensalmente, teria R$ 3 mil por mês.
Pela regra que está em vigor desde 2012, quando a Selic está abaixo de 8,5% a correção anual da caderneta de poupança é limitada a um percentual equivalente a 70% dos juros básicos mais a Taxa Referencial (TR, que está em zero desde 2017).
Poupança nova e poupança velha
Um rendimento de R$ 10 mil na poupança num prazo de 12 meses, segundo a Anefac fica assim:
- Antes, o rendimento era de R$ 193 — R$ 10.193 ou 1,93% ao ano;
- Agora, o rendimento será de R$ 245 — R$ 10.245 ou 2,45% ao ano.
Lembrando que os depósitos feitos até abril de 2012, na chamada “poupança velha”, continuam rendendo 0,50% ao mês e 6,17% ao ano (ou R$ 617 para cada R$ 10 mil aplicados).
Outras possibilidades
O mercado financeiro possui inúmeras possibilidades de alocação com rendimento maior que a poupança. Muitas delas, com garantia de rentabilidade, nos chamados investimentos de renda fixa, e garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (o chamado FGC).
Os investimentos de Renda Fixa mais comuns são: Aplicações no Tesouro Direto, LCI, LCA, CDB etc. Já na Renda Variável, os holofotes ficam voltados para as ações de empresas e fundos de investimento variados, como os fundos imobiliários (FII) e os fundos de ações (FIA).
É imprescindível que o investidor alinhe as características dos investimentos com seus objetivos. Principalmente com relação à liquidez e prazo para resgate.
Liquidez, tributação e incidência de taxas pelas corretoras fazem, por exemplo, uma aplicação que parece ótima ser um péssimo negócio para os seus objetivos.
Tesouro para iniciantes
Um bom investimento para o iniciante começar a entender o funcionamento são os investimentos no Tesouro Direto, uma aplicação de renda fixa tida como a mais segura do país.
Investimentos no Tesouro Direto podem ter prazos pré-fixados, nos quais o investidor já tem uma projeção de quanto será rentabilizado se comprado a título com prazo para resgate, ou ainda o Tesouro Selic, sem prazo pré-fixado, em que o investidor poderá investir e resgatar praticamente a qualquer momento. É preciso, claro, observar taxas e tributação pelo IOF em casos específicos.
Diz-se que a aplicação no Tesouro Direto é a mais segura do país, pois, a rigor, o capital ali aplicado está lastrado em títulos da dívida pública, portanto o risco de ‘calote’ é o mesmo de o Brasil quebrar, além de ser garantido pelo FGC até o limite de R$ 250 mil.
Lembre-se que, antes de arriscar seu dinheiro experimentando investimentos, é primordial criar uma reserva de emergência. Veja aqui como fazer isso da melhor maneira.
*Imagem em destaque: Reprodução Instagram @Juliette









