As gigantes dos investimentos, BlackRock e MSCI, estão sendo investigadas por um comitê especial da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, por facilitar investimentos em empresas chinesas sob alertas das agências de análise de risco do país.
As empresas da China são acusadas de fortalecer as forças armadas chinesas e violar os direitos humanos.
A ascensão econômica chinesa tem incomodado os Estados Unidos, que, desde o governo de Donald Trump, vem implantando medidas mais incisivas para conter a potência asiática.
O comitê foi formado para investigar assuntos relacionados ao Partido Comunista Chinês (PCCh).
A investigação – que revisou apenas uma parte das atividades das gestoras – mostrou que o financiamento atinge mais de 60 empresas chinesas sinalizadas pelas agências americanas.
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Apenas em cinco fundos, o investimento da BlackRock ultrapassa US$ 429 milhões, segundo o Comitê.
A gigante negou as acusações nesta terça-feira (1):
“Com todos os investimentos na China e nos mercados ao redor do mundo, a BlackRock cumpre todas as leis aplicáveis do governo dos Estados Unidos. Continuaremos conversando diretamente com o Comitê Especial sobre as questões levantadas”, afirmou.
Ainda não há números para os investimentos da MSCI investigados pelo comitê, mas se conteve a dizer que estava “analisando o inquérito”.
Para um porta-voz da embaixada chinesa, “estender demais o conceito de segurança nacional e politizar questões econômicas, comerciais e de investimento vai contra os princípios da economia de mercado e das regras de comércio internacional”, disse à Reuters.
A animosidade entre as potências tem escalado nos últimos dias. No mês passado, a China restringiu as exportações de materiais essenciais para a construção dos chips – usados na indústria automobilística e na indústria da tecnologia.
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Desde a pandemia, o mundo enfrenta uma escassez de condutores que interrompeu a produção de diversas montadoras.
Os Estados Unidos também tem feito diversas provocações a potência asiática, inclusive enviando um pacote de ajuda para a Taiwan no valor de até US$ 345 milhões.
O comitê não tem poderes legislativos, mas pode intimar as empresas e já tem o apoio dos Republicanos e Democratas.
Imagem: divulgação
