A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgou seu balanço referente ao primeiro trimestre de 2024, apresentando um prejuízo líquido de R$ 480 milhões. Esse valor representa uma queda significativa de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o prejuízo foi de R$ 822 milhões. No entanto, contrasta com o lucro líquido de R$ 851 milhões registrado no último trimestre de 2023.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado foi de R$ 1,966 bilhão, indicando uma queda de 39% em relação ao primeiro trimestre de 2023 (1T23). Além disso, a margem EBITDA ajustada foi de 19,3%, representando uma queda de 8 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os resultados refletem não apenas a sazonalidade desfavorável, mas também os impactos da forte desvalorização no preço do minério e do ambiente competitivo desafiador no setor siderúrgico, com preços pressionados e importação de materiais. No entanto, há indícios de uma perspectiva mais positiva, com aumento da demanda e recuperação de preços, especialmente no segmento de mineração.
Receita Líquida e segmentos de atuação
A receita líquida totalizou R$ 9,713 bilhões, uma redução de 14,2% em relação ao mesmo período de 2023, influenciada pela sazonalidade e pelos menores volumes e preços praticados, especialmente no segmento de mineração. Por outro lado, o segmento de logística apresentou dinamismo, ajudando a compensar parcialmente o desempenho dos demais setores.
Indicadores financeiros
O custo dos produtos vendidos (CPV) foi de R$ 7,52 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), 10% menor do que no trimestre anterior, refletindo a atividade comercial mais fraca. O lucro bruto caiu 40% e a margem bruta atingiu 22,6%, oito pontos percentuais abaixo do trimestre anterior. As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 1,405 bilhão, representando um aumento de 15,9% em relação ao trimestre anterior.
Endividamento
A dívida líquida consolidada alcançou R$ 33,431 bilhões, com o indicador de alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA LTM) atingindo 3,13x, um aumento de 55 basis points em comparação ao trimestre anterior. A empresa ressalta a perspectiva de melhora nos resultados futuros e o compromisso em reduzir o endividamento, mantendo um alto nível de caixa.
Produção e vendas de minério de ferro
A produção de minério de ferro atingiu 9.132 mil toneladas no 1T24, um crescimento de 2,2% em relação ao mesmo período de 2023, porém uma redução de 16,7% em comparação com o trimestre anterior, devido à sazonalidade. O volume de vendas alcançou 9.145 mil toneladas, representando um novo recorde para a empresa.
*Com informações da Agência CMA