O vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Michael Barr, enfatizou durante uma audiência no Senado que o Silicon Valley Bank (SVB) “não foi bem administrado”, deixando a empresa “vulnerável” a choques.
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“Esse choque veio quando muito tardiamente tentou ajustar sua posição de liquidez e relatou perdas em seus títulos disponíveis para venda”, argumentou Barr, explicando que essas decisões prenunciavam a quebra do banco com sede na Califórnia. Desde novembro de 2021, a SVB foi informada de que precisava resolver os problemas, mas decidiu não fazê-lo, de acordo com Barr.
“O SVB teve uma gestão de risco terrível por não ter um diretor de risco”, continuou a autoridade do Fed, sublinhando que os recentes desenvolvimentos colocaram mais pressão sobre os formuladores de políticas dos Estados Unidos para melhorar a liquidez e as regulamentações de capital. Barr observou que espera que tais mudanças se apliquem a “empresas acima de US$ 100 bilhões”.
Barr também disse que o Fed está considerando que regras bancárias mais fortes são necessárias para evitar uma falência bancária semelhante no futuro.
“Os supervisores classificaram o banco em uma classificação muito baixa”, disse Barr. “No nível da holding, foi classificado como deficiente, o que também claramente não é bem gerenciado.”
O cronograma que Barr estabeleceu para quando o Fed alertou a administração do Silicon Valley Bank sobre os riscos que enfrentou é anterior ao que o banco central disse anteriormente que o banco estava em sua tela de radar.
Darlan de Azevedo / Agência CMA
Imagem: divulgação
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