As vendas no comércio varejista cresceram 0,9% em abril pelo quarto mês consecutivo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados na manhã desta quinta-feira (13), vieram abaixo do consenso da instituição – que esperava uma alta de 1,9% no varejo – e do BTG Pactual, que projetava avanço de 1,8%.
O resultado da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) em abril aponta para um aumento de 4,9% no ano e 2,7% na comparação com abril do ano passado. Das oito atividades pesquisadas, cinco avançaram, com destaque para hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,2%).
Na comparação com o pré-pandemia, em fevereiro de 2020, o volume de vendas do varejo em abril está 8,3% acima. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas estão 4,0% acima do pré-pandemia.
Principais destaques do varejo em abril
Além dos avanços no grupo de alimentos e equipamentos para escritório, o setor também foi influenciado pela alta de 2,4% de móveis e eletrodomésticos em abril. No mês anterior, o grupo havia caído 1,9%.
O segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceu 0,6% no mês, acumulando uma alta de 13,8% em 2024. O último grupo que registrou alta em abril, foi combustíveis e lubrificantes, com avanço de 2,2% – o primeiro aumento do segmento no ano.
Entre os destaques negativos, o grupo de tecidos, vestuário e calçados foi o responsável pela maior queda (−0,7%). Em abril, as atividades de livros, jornais, revistas e papelaria caíram −0,4%, enquanto o setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico permaneceu estável em 0,0%.
Crescimento no segundo bimestre
Somente no segundo bimestre de 2024, o varejo cresceu 4,0% na comparação com o mesmo período do ano anterior, puxado pela alta em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (14,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,0%).
No varejo ampliado, houve um crescimento de 1,6% no segundo bimestre do ano, influenciado pelos grupos de veículos, motos, partes e peças (13,9%) e Material de construção (2,2%).
18 estados fecharam o mês em alta
O crescimento de 0,9% em abril foi impactado pelo alto volume de vendas em 18 estados brasileiros. Os destaques positivos ficaram com Rondônia (5,1%), Roraima (4,5%) e Amapá (3,7%), enquanto Maranhão (−1,4%), Bahia (−1,2%) e Paraíba (−1,1%) puxaram o índice para baixo.
No comércio varejista ampliado, 16 estados registraram alta no mês, com Goiás (8,2%), Roraima (7,3%) e Amapá (5,2%) puxando o índice para cima, enquanto São Paulo (-4,1%), Maranhão (-3,7%) e Tocantins (-3,0%) pressionaram negativamente.