Se você não caiu em nenhum golpe do Pix, pelo menos conhece alguém que, infelizmente, já caiu. O método de pagamento que vem batendo recordes de uso acabou sendo o preferido dos criminosos em golpes financeiros pela rapidez e dificuldade de retorno (uma vez que o dinheiro sai da sua conta e entra em outra em frações de segundos).
Para recuperar valores perdidos nestes golpes, o Banco Central (BC) criou o Mecanismo Especial de Devolução (MED). Atualmente, ao acionar o mecanismo, o bloqueio de valores ocorre apenas na primeira conta que recebe o dinheiro.
Nesta semana, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) propôs uma melhoria para o mecanismo. O projeto, nomeado de MED 2.0, quer facilitar a devolução em casos de golpes e fraudes estendendo o bloqueio a várias contas, aumentando as chances de recuperação dos valores.
Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, foi observado “que criminosos dispersam rapidamente os valores em várias contas. Por isso, é crucial aprimorar o sistema para alcançar mais camadas”.
A implementação está prevista para o final de 2025.Vale lembrar que o MED também pode ser utilizado em falhas operacionais, como, por exemplo, um Pix duplicado.
Caiu no golpe do Pix? Veja o que fazer
Se você já caiu no golpe e já efetuou o Pix, ainda dá tempo de ter seu dinheiro de volta.
O Banco Central tem um mecanismo chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED) que facilita as devoluções de Pix em caso de fraudes.
Ao perceber que foi vítima de um golpe, você deve registrar seu pedido em até 80 dias da data do Pix na sua instituição, mas lembre-se que quanto antes melhor!
Com seu pedido registrado, o seu banco tem 30 minutos para se comunicar com o banco do golpista e, assim, bloquear o valor em sua conta.
Ambas as instituições em 7 dias corridos para avaliar o caso. Se confirmada a fraude, os recursos são devolvidos à vítima, desde que haja saldo disponível na conta do fraudador.
ATENÇÃO: Tome cuidado para não cair em golpes
Em março, o Monitor do Mercado noticiou um golpe que estava sendo aplicado por meio de ingressos falsos para o show de Caetano Veloso e Maria Bethânia.
O site golpista aparecia nos primeiros resultados de busca do Google em buscas como “ingressos Caetano e Bethânia” como conteúdo patrocinado.
As vendas de ingressos para o show — que eram concorridas e estavam se esgotando rapidamente — direcionavam os interessados para um site fake, que copiava a identidade do Ticketmaster, vendedor oficial.
O site “caetanoebethania-ticketmaster.com” era uma cópia quase idêntica do Ticketmaster, mas só aceita pagamentos por Pix. O pagamento era destinado para uma empresa de nome “Ticket Master Brasil Ltda”, mas com um CNPJ diferente.
No Twitter, a própria Paula Lavigne, empresária e esposa de Caetano Veloso, alertou tratar-se de um golpe.









