São Paulo, 22 de março de 2023 – A Petrobras informou hoje que acaba de incorporar
mais um supercomputador às atividades da área de Exploração e Produção. A empresa investiu R$
36 milhões no Tatu, o primeiro High Performance Computer (HPC) da companhia projetado especialmente
para rodar soluções baseadas em Inteligência Artificial.
Semelhante ao mamífero curioso de quem ganhou o nome, o Tatu vai escavar dados para
resolver demandas de modo mais ágil e preciso, com aumento do sucesso exploratório e redução de
custo nas atividades de exploração e produção. O supercomputador iniciou a operação assistida
e atingirá a plena produção no fim do mês.
"O foco do Tatu é um mix entre pesquisa aplicada e produção. A pesquisa aplicada
é voltada à solução de problemas específicos da área de Geociências por meio do uso de
algoritmos de Inteligência Artificial. Uma vez que o resultado de uma determinada pesquisa
apresente um resultado satisfatório, é definido um projeto de forma a escalar o algoritmo original
para uma solução que possa ser efetivamente utilizada pelos nossos geocientistas", explicou o
diretor de Exploração & Produção, Fernando Borges.
O Tatu está instalado em 11 bastidores (armários) que, alinhados, formam uma
fila com 7,4 metros de comprimento. Com capacidade de processamento de 2,4 Petaflops (Floating Point
Operations Per Second), equivalente a 462 mil celulares ou 12 mil notebooks, o Tatu tem consumo
energético máximo anual de 216 KW, equivalente ao de uma cidade de 1400 habitantes como Flora Rica
(SP), e foi construído com a preocupação de ser ecoeficiente.O equipamento possui 64 Terabytes de
memória RAM e 224 GPUs (Graphic Processors Units). A toca escolhida para o Tatu é o Centro de
Pesquisas Desenvolvimento e Inovação da empresa, o Cenpes.
"A Petrobras vem praticamente dobrando a capacidade de processamento de dados
nos últimos quatro anos. Isso é importante para habilitar as iniciativas de tecnologia digital, em
benefício da eficiência das operações, tornando a empresa mais resiliente às mudanças de
cenários de negócio. Além disso, máquinas cada vez mais especializadas, dedicadas a diferentes
atividades, permitem que a empresa siga investindo em pesquisa e desenvolvendo inovações", afirmou
o diretor de Transformação Digital e inovação, Paulo Palaia.
Em 2022, a Petrobras colocou em operação o supercomputador Pégaso, o 5o
maior da indústria petrolífera mundial, e conquistou, pelo quarto ano consecutivo, o 1o lugar em
computadores de alto desempenho e ecoeficiência da América Latina. Os quatro supercomputadores
campeões: Pégaso, Dragão, Atlas e Fênix, juntos, somam 50 Petaflops pico FP64. Essa capacidade
de processamento é equivalente à execução de 5 sextilhões de operações matemáticas por dia.
Emerson Lopes / Agência CMA
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